Brasil. O rápido e acentuado envelhecimento da população -mais acelerado que o enfrentado por países ricos- requer que o Brasil aprove uma reforma da Previdência por uma "questão matemática, e não ideológica", diz Marcelo Caetano, 46, secretário de Previdência Social do governo interino de Michel Temer.

No diagnóstico do secretário, sem mudanças nas regras de aposentadoria, restam duas alternativas: aumento de impostos ou corte de despesas em outros setores, como saúde e educação.

"O nível de gasto vai subir muito e terá de ser ajustado de alguma maneira. Se não fizer ajuste na Previdência, ou aumenta a carga tributária ou sacrifica gastos em outras áreas", afirma.

Segundo ele, hoje o país tem uma relação de 1 idoso para cada 10 pessoas entre 15 e 64 anos. Em 2060, será de 2 para 5. "A discussão hoje da reforma é diferente de uma discussão que existia há 20 ou mesmo dez anos."

Caetano aponta como um dos "nortes" na discussão da Previdência a convergência de regimes -reduzindo diferenças entre homens e mulheres, trabalhadores do setor privado e funcionalismo, sistema urbano e rural.

Ele acrescenta que três pilares devem ser considerados no debate: a regra de acesso à aposentadoria, a fórmula de cálculo dos benefícios e a forma de correção dos valores pagos ao longo do tempo.               (Folha de São Paulo)

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