Entulhos oriundos da construção civil representam
70% dos resíduos sólidos.FOTO: Serena Morais
Um estudo realizado em Juazeiro do Norte verificou que o Município possui cerca de 120 pontos de entulho, onde são jogados resíduos sólidos de construção civil. Para garantir a efetivação de ações referentes ao tema, um marco regulatório está sendo finalizado e deve ter continuidade com a próxima gestão, já que a atual se aproxima do seu final. Por conta disso, para prestar contas e facilitar as políticas públicas para a próxima administração, foram programadas quatro audiências públicas. A primeira ocorre nesta quinta-feira (19) e abordará sobre o Plano Municipal de Saneamento Básico e Fracking.

De acordo com Eraldo Oliveira, superintendente da Autarquia Municipal de Meio Ambiente de Juazeiro do Norte (Amaju), o principal agravante ligado aos resíduos sólidos de construção civil em Juazeiro diz respeito às pequenas construções. Esse tipo de problema representa 70% do total dos resíduos sólidos. Já com as grandes construtoras, segundo Eraldo, é feito o recolhimento dos resíduos para que sejam encaminhados à correta destinação final.

Para o superintendente, os pontos de entulho espalhados pela zona urbana de Juazeiro sinalizam a necessidade de as pessoas se atentarem que também são responsáveis pela preservação do meio ambiente. “Temos a fórmula, sabemos como fazer e devemos resolver. Temos um marco regulatório. Compete, agora, implementar na prática, desenvolver e executar essa política pela qual nossos técnicos estão preparados”, enfatiza.

Como acredita, uma atuação firme dentro do encaminhamento proposto, resultará, num médio espaço de tempo, em uma cidade mais limpa, logicamente, com a colaboração de todos. “Outros empresários do ramo estão querendo investir nessa área, através de uma máquina que recebe e transforma esses resíduos em granulados de diversos tamanhos, que servem para pavimentação de estradas e outros empreendimentos”, acrescenta o superintendente, dando exemplo de ações de reutilização do material coletado.

Segundo Eraldo, há, atualmente, um projeto de três Ecopontos na cidade. Para colaborar com ele, os carroceiros são considerados peças-chave. São mais de 2500 trabalhando em todo o Município. A intenção é que, organizados em cooperativa, prestem serviço à população e depositem os resíduos em um ponto destinado e autorizado. No momento, o projeto se encontra na Coordenadoria Estadual de Saneamento do Governo do Estado, onde deve ser feito o financiamento para equipar os Ecopontos. Estes terão administração compartilhada entre catadores, poder público e iniciativa privada.          (Jornal do Cariri)

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