O cartão-postal de Quixadá está desfigurado
pela seca de cinco anos.FOTO: Druso Frota
Ceará. A atual situação do centenário Cedro, o primeiro reservatório construído no Brasil, em Quixadá, distante cerca de 170Km de Fortaleza, deixa claro o aviso de seu fim. Segundo órgãos do Estado, o Cedro já é considerado seco e o mínimo de água inutilizável que ainda resta, deve evaporar dentro dos próximos dois meses. Como consequência, as espécies que viviam nas águas do açude também começam a morrer.

Construído durante o governo Imperial de Dom Pedro II, em seus tempos de glória, o açude viu até monomotor aquático aterrissar sobre suas águas. Hoje, a evaporação deu vista à terra seca e rachada. O enorme paredão que rodeia o açude já está completamente descoberto. Segundo dados da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), até a última quinta-feira (20), o Cedro apresentava uma cota de pouco mais de 100 mil metros cúbicos acumulados. O valor é irrisório perante a capacidade máxima de 125.694.000 m³ que ele pode reservar. O que ainda resta nele, frente ao que pode suportar, representa apenas 0,20% de seu volume total.

Para a Cogerh, com a cota que atualmente tem, o açude já é considerado seco. Na última semana, uma onda de pânico se espalhou por Quixadá, com a possibilidade de que nos próximos dias a água restante se evapore por completo. De acordo com o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias, pode ser que demore um pouco mais, mas o cenário não deve esperar mais do que dois meses para acontecer. "No ritmo que está indo, em função do processo de evaporação, ele deve secar. Eu não diria nos próximos dias, mas nesses meses, ele deve secar por completo", disse João Lúcio.             (Diário do Nordeste)

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