Aliar as necessidades de mercado e as preferências pessoais são os maiores desafios para as pessoas que buscam oportunidades de trabalho. Muitas profissões surgem em um ambiente voltado para a tecnologia, em que o manuseio de ferramentas da internet são de extrema importância. No âmbito do mercado, despontam a cada dia novas carreiras, modelos de fazer negócios, soluções e serviços. 
 
Lixólogos, gestores de comunidades e biotecnologistas são algumas profissões deste contexto. As palavras novas ainda não entraram completamente no vocabulário das empresas e universidades, mas suas funções começam a ter o devido valor. 

Já se sabe que a internet é uma aliada das empresas e os profissionais mais bem informados e preparados irão abocanhar as melhores vagas e os salários mais competitivos. 
Diante das mudanças no panorama do mercado de trabalho, as novas profissões aparecem como uma necessidade da sociedade. Além disso, essas carreiras estão inseridas em um novo contexto, em que a internet, as novas tecnologias, a sustentabilidade e a busca pelo bem-estar se tornaram essenciais. 
Há, portanto, diversos fatores que fazem com que algumas profissões surjam, como a intensificação do uso da internet, além da popularização dos smartphones e a entrada de novas tecnologias, como a conexão 4G. 
Para Bernadete Pupo, coach de carreira docente do Unifieo e consultora de RH, torna-se relativamente fácil avaliar as novas profissões após o advento da globalização, da evolução tecnológica, do aumento populacional e do aumento da expectativa da vida das pessoas. “A rotina de ir e vir para o mesmo trabalho diariamente está com os dias contados. O trabalho rotineiro e repetitivo começa a ceder espaço para tarefas intelectuais. O trabalho fixo com carteira assinada está sendo gradualmente substituído por trabalhos terceirizados, por projetos, prestação de serviços, home office”, diz. 
É neste contexto que o profissional deve ampliar a sua visão no sentido de enxergar novas oportunidades e nichos de mercado que exigirão mais esforços no sentido de capacitar-se para adequar-se à nova realidade. 
Transformação 
Ainda de acordo com a especialista em gestão de pessoas, ficar atento às tendências do mercado ou às profissões dominantes pode fazer toda diferença para o profissional que deseja investir na carreira. “Porém, é necessário tomar o cuidado para não escolher uma profissão simplesmente por estar na moda. O importante é identificar as suas habilidades, a facilidade que tem com a área e dedicar especial atenção para estudar as oportunidades e ler sobre o assunto”. 
Pupo diz que o mercado de trabalho está sempre em constante transformação. Segundo ela, há momentos em que algumas profissões se destacam mais do que outras. “Aos poucos estamos assistindo a mudanças nesse cenário, surgindo a cada dia novas profissões”, completa. Neste sentido, a capacidade analítica vem ganhando espaço em diversas áreas, além de se adaptar às mudanças e inovações. 
Para a especialista, nas carreiras em evolução, as novas tecnologias têm proporcionado novos campos de trabalho. “A demanda maior será por profissionais da era digital preparados para criar produtos, jogos e com destaque especial para os gestores de Big Data - especialistas em analisar grande quantidade de dados com a possibilidade de somar metodologias para melhorar as práticas de gestão de pessoas, da empresa e de planejar o seu futuro”, diz. Além de todas as competências técnicas (hard skills), o profissional deverá deter as competências comportamentais (soft skills). 
“O desafio maior está na busca desse equilíbrio entre o hard e o soft”, complementa. 
Perspectivas 
Segundo Pupo, os problemas são variados e eles vão desde o descumprimento do horário de trabalho, ao comportamento inadequado e à base educacional. De acordo com ela, os cursos técnicos e tecnológicos estão em alta, pois tratam de assuntos específicos, preparando o estudante para ingressar na área com mais preparo teórico e prático. Neste cenário, aqueles que souberem unir diferentes conhecimentos para gerar novos serviços, sairão na frente. “Por isso é que vale cursar diferentes graduações ou seguir especializações dentro de uma mesma área. A dupla ou tripla formação pode ser um diferencial”, finaliza. 
Necessidades 
Roberto Picino, diretor executivo da Michael Page no Nordeste, esclarece que o recrutamento é baseado a partir das necessidades do mercado. Ele diz que muitas empresas estão interessadas em pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, sustentabilidade, prevenção de perdas, segurança e saúde. Para ele, a tecnologia disruptiva, aquela que tem a inovação como bandeira, vai estar, em breve, presente nas empresas ditas sustentáveis. Segundo o diretor, o profissional tem que se adaptar, se preparar e se especializar na sua área de atuação e acompanhar as mudanças. “Você vai precisar usar o conhecimento técnico e desenvolver sua comunicação para tomar atitudes”, enfatiza.                        (Diário do Nordeste)
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