O Estado do Ceará tem 1.929 casos
de zika. FOTO: Chistophe Simon
Ministério da Saúde ampliou o acompanhamento de bebês de gestantes que foram infectadas pelo zika vírus durante a gravidez. Agora, os cuidados vão se estender até os três anos, com a realização de testes que indiquem o diagnóstico de microcefalia, como a medição da cabeça. Também já foram identificadas outras malformações, como problemas na visão,audição ou nos membros
No Ceará, conforme o último boletim divulgado dia 17 de novembro, pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), o Estado  tem 1.929 casos de zika, sendo 93 deles em gestantes. Dos 150 casos de microcefalia confirmados no ano, em 24 houve identificação do vírus zika.  
Extensão e orientação 
A ampliação do período para o diagnóstico possibilita a inclusão de mais crianças no monitoramento da síndrome congênita associada à infecção pelo vírus, qualificando a vigilância. Além da microcefalia, já foram identificadas outras malformações, como problemas na visão, audição ou nos membros. Essas alterações podem ser observadas nos três primeiros anos do bebê, período fundamental para o seu desenvolvimento. 
De acordo com o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a recomendação de realização da segunda ultrassonografia obstétrica durante o pré-natal, em torno da 30ª semana gestacional, será importante para identificar, antes do nascimento, alterações no desenvolvimento do feto.  
“A realização da segunda ultrassonografia no SUS e os novos investimentos em serviços de reabilitação, associados ao acompanhamento até os três anos dos bebês de mães submetidas ao vírus Zika, vão permitir uma assistência mais qualificada tanto para os que tiveram a microcefalia identificada ao nascimento quanto, agora, para os que apresentarem consequências dessa infecção identificadas ao longo deste primeiro período da vida, ampliando a oportunidade de desenvolvimento”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. 
Teste rápido e prevenção 
A investigação dos casos nas gestantes e nos bebês também será reforçada com a disponibilidade do teste rápido de zika, que mostra se já houve infecção pelo vírus. Em outubro deste ano, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 3,5 milhões de testes e o primeiro lote, de 2,5 milhões, chega até o fim do ano. 
O ministro reforçou também a importância das ações de prevenção e enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do vírus Zika e da febre chikungunya. Ele convocou a população para manter a mobilização de combate ao vetor, especialmente às sextas-feiras, dia escolhido para intensificação das ações. No próximo dia 2 de dezembro haverá o Dia D de Mobilização contra o mosquito Aedes aegypti.
“O engajamento de todos os cidadãos, assim como a continuidade do bom trabalho desenvolvido pelo setor público, com as forças de combate e agentes de saúde, é fundamental para continuarmos avançando na eliminação do mosquito e na garantia de mais segurança para a população”, alertou Ricardo Barros.                              (Diário do Nordeste)
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