Abrasel afirma que o Cariri acompanha o crescimento
do mercado gastronômico nacional de 10%, entre 2011
e 2016 FOTO: Serena Morais
Nos últimos quatro anos, a região do Cariri deu um salto significante na atividade gastronômica, em relação à qualidade de pratos, cardápios, higienização e acessibilidade. De acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), o mercado de gastronomia cresceu 10% no Brasil, entre 2011 e 2016, e o Cariri está acompanhando esse ritmo. Para Édio Callou, gerente da unidade do Sebrae em Crato, o crescimento representativo do setor, tanto em números de estabelecimentos quanto em qualidade e ofertas de produtos, serviços, empreendedorismo e volume de negócios, são atribuídos a vários fatores e um deles foi a chegada da Abrasel à região, que provocou uma mudança na visão empreendedora.

Ao todo, 25 empresas dos ramos de hotelaria e restaurantes concorrem ao Selo de Qualidade em Serviços, que vai ser entregue no próximo dia 29 de novembro, em Fortaleza. O programa é coordenado pelo Sebrae, sob critérios rigorosos. Ainda segundo Édio, a participação significativa dos caririenses na edição deste ano significa um salto de qualidade do setor gastronômico, com tendência a crescer cada vez mais e reflexos positivos no turismo da região. Para Édio Callou, a pesquisa feita em 2012, pelo Ministério do Turismo, foi decisiva para o avanço do setor, haja vista que os números da época apontaram muitas deficiências. “Os problemas foram e estão sendo corrigidos pelos proprietários dos estabelecimentos pesquisados”, relatou Édio.

A pesquisa foi realizada em 2012, pelo Sebrae e Secretaria de Turismo do Ceará, nos municipios de Nova Olinda, Santana do Cariri, Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. A proposta foi tornar o produto culinário mais atrativo e competitivo. Nas cinco cidades, foram pesquisadas 16 empresas do setor e ouvidas mais de 360 pessoas. O resultado foi abaixo da expectativa, com apenas três itens apresentando bom desempenho.

As reclamações foram unânimes no tocante a higienização, acessibilidade, segurança, estacionamento e atendimento. A análise indicou que nove itens tidos como de média relevância deveriam receber melhorias importantes. A conclusão do relatório serviu como parâmetro para que os empresários do setor investissem nos negócios. O hoteleiro Antonio Vicente Chagas acredita que a pesquisa serviu de alerta aos empreendedores, que passaram a se qualificar e exigir mão de obra qualificada. Com essa exigência, os profissionais também começaram a estudar mais e se prepararam melhor profissionalmente.

O chefe de cozinha Amarildo Gonçalves esclarece que trabalhar com gastronomia é exaustivo e exige muita boa vontade a quem quer seguir a profissão. “Ao contrário do que muitos pensam, o profissional formado em gastronomia possui conhecimentos que vão alem das habilidades técnicas para manusear e preparar alimentos. Durante sua formação, ele deve aprender sobre gestão, segurança alimentar, processos industriais, valor nutricional e características dos alimentos, legislação relacionada à indústria alimentar e muito mais”.                     (Jornal do Cariri)

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