Essencial para o planejamento familiar desde que foi instituída, em 1962, a gratificação de Natal, mais conhecida como o 13° salário, deve ser utilizada com cautela. Especialmente neste ano, visto a crise financeira que o País atravessa. Quitar eventuais dívidas e guardar dinheiro para as contas de início de ano são boas alternativas, alerta especialista.

A vendedora Ana Cláudia Barbosa, que tem dívidas acumuladas no cartão de crédito, pensa em utilizar parte do benefício para se livrar das contas. “O meu esposo ficou sem trabalhar e nós tivemos que utilizar bastante o cartão de crédito. As contas foram acumulando e eu só tinha condições de pagar o mínimo. Vou aproveitar parte do 13º para renegociar as dívidas e me livrar do cartão. Se sobrar, a gente compra roupa e presentes para a família”, explica a vendedora.

De acordo com o economista Wescley Freitas, a prioridade para o 13º deve ser a quitação de dívidas, principalmente o cartão de crédito rotativo e o cheque especial. “Essas são modalidades com taxas de juros mais altas. Quanto mais rápido o consumidor conseguir se livrar dessas obrigações, melhor. É interessante que o trabalhador guarde parte desse dinheiro para o pagamento das despesas de início de ano como: IPVA, IPTU, material escolar e outros”, salienta.

O especialista deixa claro que o consumidor também pode utilizar a gratificação para comprar presentes desde que, antes, faça um levantamento da atual situação financeira. “É preciso analisar os ganhos, despesas e fazer um planejamento dos meses seguintes para saber se parte do 13º pode ser utilizado para viagens e presentes de Natal. O trabalhador não deve se privar de um lazer ou de algo que traga satisfação, mas antes de tomar qualquer atitude é preciso analisar com calma o orçamento familiar. Vivemos um momento de instabilidade econômica e mais do que nunca é preciso cautela na hora de utilizar o dinheiro”, finaliza.

Aumento de vendas

A expectativa do comércio juazeirense para este final de ano é positiva. A razão é o pagamento do 13º salário, que vai injetar um montante significativo na economia. De acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas de Juazeiro do Norte (CDL) é esperado um crescimento de 2 a 3% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. “Quando chega o final de ano é tradição a compra da roupa e dos sapatos novos, os presentes e até mesmo a aquisição de um produto mais caro. Os comerciantes já estão investindo em promoções e pagamentos facilitados e esperam alavancar as vendas neste final de ano”, diz Michel Araújo.                        (Jornal do Cariri)

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