Em assembleia geral extraordinária realizada no Campus do Pici, nesta sexta-feira (18), professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) deflagraram greve por tempo determinado. Com 211 votos "sim" e 190 "não", os docentes garantiram a paralisação até o próximo dia 13 de dezembro, quando a PEC 55/241 será votada em segundo turno no Senado Federal.
O texto da Proposta de Emenda Constitucional, estopim do movimento grevista, quer congelar os investimentos do País, inclusive na área da educação, pelos próximos 20 exercícios fiscais.

Apesar de o Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc) ter o prazo de 72h para comunicar a reitoria da UFC, a greve teve início imediato.

O estatuto da Adufc prevê a greve por tempo determinado. Diferente do movimento com período indeterminado, a decisão não depende de um plebiscito para se concretizar.

Os professores formam o terceiro grupo da Universidade a parar as atividades. No último dia 3 de novembro, os estudantes declararam paralisação após assembleia que reuniu cerca de 2000 discentes, na Concha Acústica da Federal. Os servidores técnico-administrativos da instituição de ensino também se encontram em greve.

A decisão ocorre após o plebiscito dos dias 31 de outubro e 1° de novembro, que disse não à greve por tempo inderteminado nas Universidades Federais do Ceará (UFC, UFCA e Unilab). Na ocasião, 913 votaram contra o movimento e 666 a favor. Um dos motivos que pode ter impulsionado a negativa dos professores é a decisão do STF que permite que servidores públicos em greve possam ter salários cortados.                       (Diário do Nordeste)

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