O projeto contempla os mais diversos saberes da
cultura nordestina. FOTO: GT
A Escola de Saberes de Barbalha funcionará no Palácio 03 de Outubro e foi inaugurada nesta quinta-feira. O projeto contempla os mais diversos saberes da cultura nordestina: cinema, música, literatura, danças dramáticas e folguedos, festas e religiosidades populares, dentre tantas outras expressões culturais e artísticas, tradicionais e contemporâneas. Apesar de levar o nome escola, essa não é uma escola tradicional, onde existem hierarquias de saberes.
O prédio abrigará salas de aula, a biblioteca Hildebrando Spínola (com mais de 20 mil volumes), centro de memória, acervo audiovisual, loja de artesanato, escritórios e terreiros de folia. Por não se caracterizar como uma escola tradicional, as atividades e dinâmicas são abertas e interativas, pois o intuito é que o local seja um ponto de encontro para pesquisas, trocas de ideias e vivências culturais.
A instituição promoverá eventos ao longo do ano, obedecendo a uma rica agenda de atividades voltadas para os mais variados saberes do vasto acervo da região e do Nordeste, valorizando ainda os intercâmbios internacionais.
“Com a Escola de Saberes, pretende-se abrir um processo que envolve encontro, troca e aprendizado, interfronteiras e interclasses sociais, numa concepção de cultura em trânsito, como o é a própria vida. Os saberes que emergem de uma base social e popular, a partir das complexidades sociais, circunstâncias econômicas e históricas, determinam qual é o desenho da tradição, que, por sua vez, se transforma em nova tradição e o que será manifestação cultural de fluxo constante, sempre em transformação”, explica Rosemberg Cariry, criador do projeto
Segundo ele, a proposta do projeto é a “troca”. “Queremos quebrar paradigmas e mostrar que a escola pode ser um espaço de aprendizagem, mas também de lazer. Queremos uma escola de vivências e inserida na vida, na comunidade. Outra quebra de paradigma da Escola de Saberes é a idade do público-alvo, pois é um espaço de crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, que tenham interesse nela e queiram participar dessa troca de saberes culturais, dentro de uma perspectiva de experiências e aprendizados partilhados”, acrescentou.
Para Juraci Maia Cavalcante, que também está diretamente ligado ao projeto “a Escola de Saberes de Barbalha propõe o reencontro do Cariri e do Ceará com a sua alma mais profunda, com as suas culturas mais elaboradas – oral e acadêmica, popular e erudita, tradicional e contemporânea, enquanto resultante de influências múltiplas e ancestrais, que nos ligam mais estreitamente à nação e ao mundo”.                     (Blog Diário Cariri)

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