pico foi de 37ºC, quando a média para este mês é
de 28ºC. FOTO: André Costa
Juazeiro do Norte. Enquanto as chuvas não chegam, o forte calor toma conta de boa parte do Cariri. Neste município, alguns termômetros espalhados por diversos bairros ultrapassam, em alguns dias, a casa dos 40ºC. Essa onda de forte calor, no entanto, tem uma explicação.
De acordo com Raul Fritz, meteorologista da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), com a proximidade das chuvas, os ventos tendem a perder intensidade e, por consequência, sobem as temperaturas. “Em geral, a velocidade dos ventos retiram calor da nossa pele, isso ajuda a diminuir ou amenizar a sensação térmica”, pontua o especialista.
Em Barbalha, por exemplo, cuja a temperatura média para dezembro é de 26ºC, o órgão registrou pico de 38ºC na semana passada. Em Juazeiro, os números se assemelham. O pico foi de 37ºC, quando a média para este mês é de 28ºC. “Quando se tem umidade do ar mais baixa, as temperaturas aumentam. No entanto, a sensação térmica, neste caso, não difere muito, já que o tempo está seco”, acrescenta Raul.
Para outro meteorologista da Funceme, Leandro Valente, o fenômeno El Niño é o responsável pelo forte calor. “Um sistema de alta pressão atmosférica atua no Nordeste brasileiro inibindo a formação de nuvens, causando variações climáticas, com fortes chuvas no Sul do país e calor intenso no Nordeste”, detalha. De acordo com o órgão, o cenário para as próximas semanas é o mesmo, devido a possibilidade de chuvas.
Chuva
“Sistemas de chuvas que se formam na Bahia, típico desta época do ano, tende a influenciar o sistema meteorológico no sul do Estado, causando pancadas de chuvas isoladas”, explica Fritz. Em janeiro, ainda conforme ele, a tendência é que as chuvas se generalizem por todo o Ceará.
“Dessa vez, quem atua é outro sistema, os vórtices ciclônicos em altos níveis (VCAN), responsáveis pelas chuvas do início do ano”, acrescenta, ao ponderar que essa pluviosidade é irregular e varia muito de ano para ano. “Depende muito da posição geográfica com que o VCAN se forma, é esse fator que determina a intensidade da chuva”, finaliza Raul Fritz.                                (Blog Diário Cariri) 

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