Cerveja servida em Bruxelas, em 23 de outubro de 2015: excesso de bebida pode aumentar risco de doenças cardíacas. FOTO: Emmanuel Dunand/AFP |
Depois de levar em conta fatores de risco estabelecidos para doenças do coração, como cigarro, obesidade e diabetes, o abuso do álcool foi associado com um aumento de 40% do risco de infarto, concluiu a pesquisa.
Bebida em excesso foi ligado a um risco duas vezes maior de fibrilação atrial ou batimento cardíaco irregular, e um aumento de 2,3 vezes de insuficiência cardíaca congestiva.
Apesar de estudos anteriores terem ligado o consumo ocasional ou até diário de bebida alcoólica a um aumento da saúde do coração, os achados atuais desmentem qualquer noção de que beber mais é melhor para a saúde, diz um dos autores do estudo, Gregory Marcus, da Universidade da Califórnia, em San Francisco.
"O excesso de bebida pode estar sendo ostensivamente ´justificado´ para alguns indivíduos por causa do suposto benefício cardíaco", disse Marcus.
"Mostramos aqui que não apenas o álcool em excesso aumenta substancialmente o risco de fibrilação atrial e insuficiência cardíaca, mas também o infarto, fenômeno que dados anteriores haviam sugerido que poderia ser mitigado pelo consumo moderado de álcool", acrescentou Marcus.
Para encontrar a conexão entre abuso de álcool e problemas cardíacos, Marcus e sua equipe analisaram informações de mais de 14,7 milhões de adultos da Califórnia que passaram por cirurgia, atendimento de emergência ou internação hospitalar entre 2005 e 2009.
Cerca de 1,8% das pessoas no estudo, ou aproximadamente 268 mil pacientes, tinham sido diagnosticados com abuso de álcool.
O aumento do risco de infarto, fibrilação atrial e insuficiência cardíaca congestiva associado com o consumo excessivo de álcool no estudo foram similares em magnitude a outros fatores de risco bem conhecidos como diabetes, pressão alta e obesidade. O estudo foi publicado na revista especializada "Journal of the American College of Cardiology."
(Reuters) Brasil
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