Indenização deve causar alta de 9% nas contas de luz. FOTO: Serena Morais |
Entre 2017 e 2024, consumidores terão que pagar cerca de R$ 65 bilhões, embutidos nas contas de energia. O valor serve para compensar os transmissores por investimentos feitos antes de 2000, mas que ainda não tinham sido totalmente pagos. A Aneel tenta aliviar o choque inicial ponderando que a transmissão de energia é apenas um dos itens que compõem a tarifa.
“Existem previsões de consultorias do setor que informam que mesmo com esse aumento em transmissão, por conta de outros custos como encargos setoriais e compra de energia, as tarifas de energia devem cair no primeiro semestre de 2017”, disse em nota enviada ao O Povo. “O impacto para os consumidores ainda não está definido”, frisou.
A previsão é que o repasse das indenizações às contas de luz comece em julho. Segundo a Aneel, o repasse ao consumidor será feito adicionando o custo extra nos reajustes das tarifas das distribuidoras. Adianta que para as concessionárias que tiverem suas tarifas reajustadas antes, caso da Enel, a agência deve incluir um custo estimado.
O impacto da indenização às transmissoras nas contas de luz vai ser maior para alguns consumidores e menor para outros, dependendo da região. No Norte, por exemplo, próximos a centros geradores de energia e onde o consumo é menor, devem haver menos impacto. Consumidores que estão em regiões mais distantes das usinas e que consomem mais, como áreas do Sudeste, devem sentir mais.
A tarifa de transmissão deve ficar quase três vezes maior, mas o impacto para o consumidor final não será tão grande porque, em média, ela responde por cerca de 3% do total da conta de luz. (O Povo)
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