Um dos problemas que emperram o funcionamento
da unidade é a falta de energia. FOTO: Serena Morais
Inaugurado em 28 de julho de 2008, o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), Regional de Crato, que é uma unidade administrada por Consórcio Público de Saúde, está passando por momentos de dificuldades. Um dos problemas consiste na falta de energia elétrica suficiente para alimentar os equipamentos. Conforme informou o seu diretor-geral, o odontólogo Walter Brito, há muito tempo foi solicitada providência à Companhia de Eletricidade do Ceará (Coelce), que prometeu religar o sistema em 30 dias. Mas, até hoje, o pedido não foi atendido. Questionado sobre a possível falta de repasse dos recursos, o diretor não soube informar e alega que sua função não o permite ter acesso a operação financeira do sistema mantenedor, acreditando que o motivo principal da paralisação da unidade esteja associado a problemas de ordem técnica. 

Walter Brito disse que já se reuniu com a secretária executiva do consórcio, Andrea Maria Guedes, quando a informou sobre a situação de precariedade daquele estabelecimento de saúde. “Na ocasião, ela se comprometeu a apresentar uma solução urgente, o que até agora não foi feito”. Os serviços estão suspensos desde o início de janeiro e sem previsão para reinício. A população dos municípios conveniados (Crato, Farias Brito, Nova Olinda, Santana do Cariri, Várzea Alegre, Potengi, Araripe, Altaneira, Antonina do Norte, Assaré, Campos Sales, Tarrafas e Salitre) está desprovida dos serviços básicos prestados pela unidade. “Esse impasse também atrapalhou o planejamento da unidade para 2017 e vem impedindo a continuidade de projetos importantes desenvolvidos ao longo dos nove anos de seu funcionamento”, ressalta Walter. 

Para o diretor, será necessária uma força conjunta para resolver o problema. “O caso já foi levado ao conhecimento do prefeito do Crato, José Ailton Brasil, de quem é esperado encaminhamentos junto ao governo estadual. Já está sendo agendado um encontro com o secretário estadual da Saúde, Henrique Jorge Javi de Sousa, na tentativa de encontrar uma saída. Na ocasião será sugerido um aditivo no contrato de aporte de recursos extras, além do valor que já é repassado rigorosamente pelo Governo do Estado”. Demonstrando chateação com o tratamento que vem sendo dispensado àquele estabelecimento de saúde, Walter Brito reclamou que o presidente do consórcio é o prefeito de Campos Sales, Moésio Loyola, que está a mais de 130 quilômetros de distância e há quatro anos no cargo, mas nunca visitou a unidade regional. “Loyola nomeou uma secretária executiva que mora em Potengi e só vem ao Crato uma vez por semana”. 

Questionado sobre os riscos de fechamento daquela unidade, o diretor disse que não há a mínima possibilidade, por acreditar no empenho e na capacidade do governador Camilo Santana. “Alerto as autoridades para tomadas de medidas urgentes e não deixemos o Centro de Especialidades Odontológicas, regional Crato, continuar sem atendimento por falta de providências tão simples”. A reportagem do JC tentou contato com o prefeito Moésio Loyola e sua assessoria informou que ele está viajando. Deixamos os contatos da redação do JC, mas, até o fechamento desta edição, não houve resposta. O mesmo procedimento foi feito para contatar a secretária executiva do consorcio, Maria Guedes. A Procuradoria Jurídica do Consórcio informou que, no momento, a secretária não vai se manifestar sobre o assunto. 

(Jornal do Cariri)

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