Juazeirenses participam de projeto que produz
sem agrotóxicos e ajuda a melhorar a
renda familiar. FOTO: Serena Morais
Uma horta comunitária está proporcionando à população o contato com alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos. A iniciativa é da ONG Nosso Lar e garante o sustento de cerca de 40 famílias de vários bairros da periferia de Juazeiro. a implantação da horta só foi possível graças a uma parceria com o Governo Alemão, através da captação de recursos, conseguindo um termo de cessão de uso de uma área verde de Juazeiro do Norte, com 7.500 m². 

O coordenador da ONG Nosso Lar, Hélio Alves, explicou que as famílias que participam da iniciativa realizaram cursos para o conhecimento técnico do plantio, com acompanhamento de técnico agrônomo. O profissional realiza, periodicamente, um levantamento das atividades e fornece as orientações necessárias para o êxito da horta. 

De acordo com Hélio, as famílias estão inseridas no projeto que possui tríplice aspecto: alimentação saudável, conscientização ambiental e geração de renda. “As pessoas que trabalham no local são de vulnerabilidade social e, hoje, tem a possibilidade de exercerem atividades em uma horta comunitária urbana, produzirem seu próprio alimento e comercializar o excedente por preços acessíveis. São produzidos tomate, cebola, coentro, alface, pimentão, pimenta de cheiro e outras hortaliças, além de milho, feijão, batata, macaxeira e algumas espécies de frutas”, relata Hélio Alves. 

Em diversos aspectos, a horta comunitária mudou a vida das pessoas que ali trabalham. Conforme o coordenador, antes, muitas famílias não tinham emprego e viviam na ociosidade. Hoje, toda a renda obtida com a venda dos produtos cultivados na horta fica com elas, que passaram a ter uma qualidade de vida melhor. “Além de famílias residentes no Bairro José Geraldo da Cruz, a horta envolve pessoas do Tiradentes, Campo Alegre e adjacências”, diz Hélio Alves. 

“Todos os dias venho fazer compras aqui na horta. Além da boa qualidade dos produtos, tem a questão do aspecto social, pois são pessoas de baixa renda, que precisam vender uma parte dos produtos que cultivam”, diz a dona de casa Francisca dos Anjos Silva. 

O comerciante José Antônio, 44, morador do Tiradentes, define a horta comunitária como “um verdadeiro oásis dentro de uma área urbana”, onde, segundo ele, as pessoas podem escolher, no próprio canteiro, o produto que deseja levar para casa. “No momento em que estamos escolhendo as verduras nos canteiros, é como se tivéssemos realizando uma espécie de terapia. É muito legal”, observa.​                  (Jornal do Cariri)

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