Padre José Vicente, 23 anos de sacerdócio, agora tem
a missão de suceder monsenhor Edimilson Neves na
missão de cura da Catedral. FOTO: Patrícia Mirelly
À entrada da Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha, um grupo de fiéis, paroquianos de Fátima, vindo em procissão, acenava, agradecido e saudoso. No limiar da porta principal, o bispo diocesano, dom Gilberto Pastana, observava, como que admirado.
Retribuindo o gesto, padre José Vicente Pinto, depois de quatorze anos à frente da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Pimenta, juntou-se ao monsenhor Edimilson Neves, eleito bispo de Tianguá, a quem agora sucede na missão de ser o cura da Catedral pelos próximos seis anos.
Em seu discurso de posse, padre José Vicente agradeceu a comunidade paroquial de Fátima pelas demonstrações de amor e fidelidade, e assegurou aos devotos da Penha que prosseguirá seu trabalho, zelando e cuidando bem das pastorais e, de modo especial, dos fiéis, para que todos os diocesanos e clérigos continuem a vê-la e senti-la como uma Igreja verdadeiramente “mãe” de toda a diocese e paróquias.
Com vinte e três anos de sacerdócio, sendo um dos mais experientes da diocese, o novo cura, que também é vigário-geral, iniciou seu ministério pastoral numa cerimônia realizada neste domingo, dia 12, na própria Catedral, presidida pelo bispo dom Gilberto Pastana, concelebrada pelo bispo emérito de Floriano – PI, dom Augusto Alves da Rocha, monsenhor Edimilson Neves, padre Acurcio Barros, reitor do Seminário São José e padre José Ricardo Barros, vigário da Forania I, da qual pertence a Paróquia da Sé.
Participaram, também, os padres Wesley Barros, prefeito de disciplina do Seminário, Padre Cícero Luciano Lima, reitor do Seminário Propedêutico, padre José Josias,  da Paróquia Sagrada Família, Arileudo da Silva Machado, da Paróquia São Francisco (ambas em Crato), Antônio Luis do Nascimento (Nova Olinda), além do Monsenhor Manoel Feitosa.
– Querido padre José Vicente, o senhor, hoje, está recebendo a Catedral. A Catedral que deve ser sinal da Igreja que acolhe as demais igrejas e deve ser espelho de paróquia para as demais paróquias – disse dom Gilberto, durante a homilia.
A Catedral de Nossa Senhora da Penha foi edificada em meados do século XVIII (há dúvidas, no entanto, com relação à data de criação, se em 03/03/1762, 04/01/1768 ou 03/12/1768), tendo como primeiro vigário o padre Manoel Teixeira de Morais. É considerada a Igreja episcopal, cujo dirigente maior é o bispo. O cura, desse modo, é aquele designado a zelar e guarda a Catedral, onde estão sepultados os bispos.
Após manifestar publicamente sua disposição de cooperar com o bispo, trabalhando em comunhão com ele e cuidando com zelo da paróquia que lhe está sendo entregue, padre José Vicente recebeu diversos instrumentos para bem desempenhar sua nova missão: as chaves da igreja, do sacrário, batistério e confessionário. No início da Santa Missa o Pároco fez sua Profissão de Fé. Por fim, fez um juramento de fidelidade, segundo a fórmula aprovada pela Santa Sé.
Natural da cidade de Crato, o Padre José Vicente nasceu no dia 2 de janeiro de 1958. Ingressou no Seminário Diocesano São José aos 28 anos e recebeu a ordenação sacerdotal das mãos do quarto Bispo da Diocese de Crato, Dom Newton Holanda Gurgel, no dia 22 de janeiro de 1994.
Após a ordenação o padre foi encaminhado para a Paróquia Nossa Senhora de Fátima. Em seguida, no dia 15 de janeiro de 1995, foi nomeado vice-reitor do Seminário Diocesano São José, e onze meses depois, no dia 24 de dezembro, como Reitor do mesmo seminário.
Em 2002 foi enviado para estudar Roma, onde morou por sete anos. Lá concluiu dois mestrados: em Ciências da Educação e em Direito Canônico.
Retornando ao Brasil, voltou para a paróquia onde iniciou sua missão e ficou como pároco até a nomeação para a Catedral. Além de cura, Padre José Vicente também a missão de vigário-geral da diocese, membro do Conselho Presbiteral e Colégio de Consultores, vice-presidente da Associação Amigos do Seminário e assistente eclesiástico da Escola Diaconal.              (Diocese de Crato)         Cariri

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