Boa parte de um dos bairros mais populosos deste município está atualmente sem profissionais médicos. Os mais de dez mil habitantes que residem no bairro São José contam apenas com dois Postos de Saúde e, segundo a população, “eles não conseguem atender a ampla demanda”. De acordo com a moradora Ana Paula Monteiro Martins, além da falta de médicos em nove ruas do bairro, “os PSF’s necessitam de melhor infraestrutura. Em um dos Postos a sala de prevenção está com o teto praticamente comprometido”, denuncia.
Ana Paula conta que “há bastante tempo a população sofre com falta de profissionais” e acrescenta dizendo que o bairro está desassistida pela Equipe de Saúde da Família. “Aqui são muitos idosos, hipertensos, diabéticos, pacientes reumáticos, gestantes, portadores de necessidades especiais e crianças. Estes pacientes ficam à margem sem sequer poder solicitar prescrição dos seus medicamentos ou realizar consultas rotineiras. Não temos sequer um Agente Comunitário de Saúde”, critica ao avaliar que um “pequeno problema de saúde acaba se agravando por falta de atendimento hábil e adequado”.
A assessoria da Secretaria de Saúde do município informou que o bairro fazia parte do que antes era chamada “área descoberta”, “justamente porque não havia população suficiente para abertura de uma Equipe de Estratégia da Família – ESF”. Conforme a pasta, “atualmente, a população do local é atendida por uma equipe do Programa agente comunitários de saúde (PACS) que possui um enfermeiro, um agente administrativo, um técnico de enfermagem e cinco agentes de saúde”.
Após o processo de territorialização no município, que já está sendo realizado, segundo a assessoria, “serão solicitadas novas equipes ESF ao Ministério da Saúde, uma delas para a área descrita, que já possui população suficiente para tal”.
A Secretaria de Saúde informou ainda que está em busca de um profissional médico para compor a equipe dessa localidade “e que aceite trabalhar 40 horas semanais, uma exigência da gestão”. “Enquanto a situação não é solucionada, os moradores devem se dirigir ao Posto de Saúde da Família 10 (mesmo bairro), onde fica a equipe PACS. A agente administrativa e a enfermeira avaliam o caso, e se for necessário, o paciente será encaminhado ao Serviço de Atendimento Médico Especializado – SAME, que funciona na Policlínica Tasso Jereissati (antigo Hospital Estefânia)”.
Quanto a estrutura física, a Secretaria de Saúde diz já ter feito levantamento de quais os reparos e reformas precisam ser realizados em todas as unidades de saúde, “além de aquisição de equipamentos e materiais para atender as necessidades da comunidade, que serão adquiridos com urgência”.                (Blog Diário Cariri)

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