A Prefeitura Municipal de Crato vai ter que pagar os 17 dias de paralisação dos agentes comunitários de saúde e de endemias que estão em greve. Na última semana, os servidores conseguiram uma liminar que garante a legalidade do movimento. Com isso, Zé Ailton Brasil (PP) terá que pagar o salário referente ao período, sob pena de pagar multa diária de até R$ 90 mil. 

De acordo com o vice- -presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município, Oldack Sucupira, com a decisão já em segunda instância, a Prefeitura fica obrigada a pagar os 17 dias descontados pelo argumento de que o movimento era ilegal. Também, na última semana, as categorias expuseram duas reivindicações aos vereadores. 

Entre elas, o reajuste salarial e repúdio pelo corte de ponto em salários das agentes de saúde. Os profissionais estão em greve desde setembro de 2015. O líder do prefeito na Câmara, vereador Renan Almeida (PEN), afirmou que não houve corte de ponto. “O direito de greve leva à suspensão do contrato de trabalho. Se essa suspensão existe, não existe forma de pagamento se o contrato está suspenso”. 

Após reunião entre os vereadores e prefeito, o gestor ratificou que precisa de mais tempo para iniciar as negociações com a categoria. A administração do Crato havia pedido, inicialmente, 45 dias de trégua para os servidores, que retornam a greve depois de expirar o prazo. 

O prefeito explicou que, no momento, não há condição financeira para honrar as demandas do grupo. Ele pede para que a categoria aguarde até maio para solucionar a situação. Nesta segunda-feira (17), os profissionais realizaram assembleia para definir a suspensão ou continuidade da grave, mas o Sindicato já afirmou que as considerações feitas pelo prefeito serão analisadas.            (Jornal do Cariri)

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