A exposição do xilógrafo aconteceu a convite da Casa Civil do Governo do Estado, que levou, além dos cordéis ilustrados pelo Zé Lourenço, produtos de outros artesões caririenses como Espedito Seleiro. Para o xilógrafo, essa divulgação que ocorre fora do país é interessante porque há a possibilidade de divulgar o cordel do Cariri e uma valorização. “As pessoas daqui só começam a valorizar quando veem o nome da pessoa fora do país”, acrescentou.
O cordel tem o como tema “ O Cariri invade Milão” e foi escrito por um jovem escolhido pelo próprio Zé Lourenço, Francisco Bruno. A escolha se deu porque o artesão quer mostrar o trabalho desenvolvido pelos jovens e com isso incentivar essas novas gerações a conhecerem e manterem a tradição do cordel viva. Embora avalie como positiva a participação no exterior, ele ainda luta em defesa da divulgação maior do trabalho no Brasil. “A gente precisa divulgar muito mais nosso trabalho no Brasil e fazer com que o nosso próprio povo valorize nossa arte”, defendeu.
A Lira Nordestina é a mais antiga gráfica de cordel do Brasil e é gerida pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Está localizada no Centro Multifuncional de Serviços do Cariri, andar térreo, em Juazeiro do Norte, e funciona de segunda a sexta-feira em horário comercial. Principal
Fiquei muito honrado pelo convite e orgulho-me por representar a nossa Cultura Popular dentro e fora do país. Em mais de uma década como xilógrafo e poeta, vejo na atualidade, o que não via há tempos atrás: a valorização das expressões artísticas de nossa gente. Meu sincero agradecimento ao amigo José Lourenço pela oportunidade de mais uma vez firmarmos tão frutífera parceria.
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