Um grupo de pessoas da sociedade civil organizada do Crato elaborou uma carta propositiva com várias sugestões pertinentes à reforma do Parque de Exposições Pedro Felício Cavalcante, cujo projeto está sendo pensado pelos engenheiros do Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE). O documento reflete demandas importantes de segmentos organizados e da população em geral, por tratar de proposições que terão ganho nos aspectos econômicos, sociais e ambientais para toda a sociedade e com desdobramentos positivos para a região Cariri. 

O grupo entende que os mais de 30 hectares vêm sendo subutilizado ao longo dos anos, exceto a exposição agropecuária e pequenas feiras da agricultura familiar, ficando o restante do tempo a serviço de poucas funções que não representam ganhos significativos para a comunidade cratense. 

“O nosso desejo é adaptar o Parque Pedro Felício Cavalcante em uma área com múltiplas funções, com a finalidade de promover o desenvolvimento econômico, a integração e a inclusão social, com práticas esportivas, atividades físicas, manifestações culturais, promoção da saúde o ano inteiro e outras adequações que possam funcionar, priorizando o espaço da festa agropecuária. Podemos construir diversos equipamentos que possam servir por 24 horas a toda população, desempenhando funções reconhecidas por organismos internacionais como a Organização Mundial da Saúde e Comunidade Européia que versam sobre os usos dos espaços públicos abertos”, disse Nivaldo Soares de Almeida, sistematizador das propostas. 

O grupo sugere a construção de espaços para exposições o ano todo, feiras, carnaval, festas juninas, eventos religiosos, shows artísticos, manifestações culturais, atividade circense, teatrais e demais atrações. Na parte esportiva, a criação de escolas para práticas sistemáticas de futebol, vôlei, basquete, atletismo e ciclismo. Na carta, consta a edificação de uma mini vila olímpica composta por quadras, raias de corrida, caixa de saltos, banheiros e salas de apoio. Em locais estratégicos, a construção de cinco quadras poliesportivas sem cobertura, implantação de um tattersal destinado a leilões de animais, palestras e cursos. Auditório para 200 pessoas, laboratórios, auditórios, redimir espaço mais adequado para a comercialização de produtos da Agricultura Familiar, implantação de um planetário com o objetivo de promover ações de ensino, difusão e popularização da ciência e tecnologia com ênfase na astronomia, além da contemplação de toda área com um sistema de saneamento e drenagem pluvial. 

Para a infraestrutura já existente, o grupo sugere a implantação de um novo centro de manejo, reformas de prédios e da parte de entrada do parque. Recuperação de pavilhões adaptáveis a outros usos como academias populares, prática de judô, salas de aula, oficinas, locais de apoio a serviços da saúde, educação e recreação. O grupo é de acordo da implantação de um modelo de gestão compartilhada que possa envolver os setores público, privado e organizações sociais, e assim tornar o parque autossuficiente financeiramente. 

Com a disponibilidade que o Governo do Estado tem em investir entre R$ 30 e R$ 40 milhões na reforma do parque de exposições do Crato, faz-se necessário aproximar sua funcionalidade do que há de mais moderno do ponto de vista de uso social e tecnológico, a oportunidade de tornar esse equipamento para uso de diversas formas. O grupo acha precipitado começar as obras em agosto ou setembro próximos, como quer o governador Camilo Santana. “Entendo que o projeto deve ser melhor discutido com a sociedade, por se tratar de um assunto importante a ser feito com um volume de recursos bastante significativos”, argumentou Nivaldo Soares. A carta propositiva foi entregue nas mãos do governador Camilo Santana, que já adiou a data de assinatura da ordem de serviços das reformas, marcada inicialmente para o dia 9 de julho, na solenidade de abertura da 66ª edição da Expocrato 2017.                (Jornal do Cariri)

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