O aumento de casos de dengue, chikungunya e zika alerta a população e os órgãos de saúde quanto aos cuidados com o mosquito Aedes aegypti, transmissor das arboviroses. Até 21 de julho, conforme dados da Secretaria de Saúde, as nove cidades que compõem a Região Metropolitana do Cariri registraram 2.160 notificações das doenças, dos quais 1.046 foram confirmados. No Ceará, mais de 80% das cidades registraram casos de chikungunya, com quase 60 mil confirmações da doença. 

O levantamento aponta que a cidade de Farias Brito registrou a maior quantidade de casos de dengue. Lá, houve confirmação de 562 casos das 743 notificações feitas. Crato e Juazeiro do Norte apresentaram o maior registro de chikungunya: 482 notificações e 43 confirmações em Juazeiro, e 456 e 150 em Crato. Em Barbalha, houve notificação de 11 casos de zika e quatro notificações em gestantes. 

De acordo com o médico Neylson Gonçalves, apesar de serem transmitidas pelo mesmo agente e terem sintomas parecidos, as arboviroses possuem sintomas específicos. O paciente com chikungunya sente muitas dores nas articulações, que os impedem até de realizar atividades comuns do cotidiano. Com zika, apresenta sintomas de erupções cutâneas. Já com dengue, por sua vez, pode ter características similares com as outras duas, daí a importância de procurar um médico para o diagnóstico preciso. “É necessário notificar também ao Ministério da Saúde para fazer um diagnóstico, um levantamento mais preciso dessas doenças e tomar condutas para diminuir esse índice”, explica. 

Segundo Mascleide Feitosa, coordenadora do Núcleo do Controle de Endemias em Juazeiro do Norte, o Município possui um plano de enfrentamento com estratégias no combate ao Aedes aegypti. Entre elas estão visitas rotineiras com inspeção nos imóveis em bairros simultâneos da cidade e as intensificações, que acontecem com ações em determinada área que apresente altos índices de registros do foco. “Contamos com muitos parceiros, porém o mais importante deles é a população”, destaca, dando ênfase que é necessário evitar o nascimento do mosquito para que este não consiga se proliferar. 

“É importante que a população busque o serviço de saúde nos primeiros sintomas para que seja feita sua notificação e que, no sétimo dia, vá colher o sangue para fazer sorologia e ter certeza do que foi o caso”, explica, ao afirmar que, sem esses dados, tanto informações como dados estatísticos podem ser perdidos. “E aí vai ser ruim para a população. Se a pessoa não procura o serviço de saúde e não colocamos no sistema, como vamos pedir inseticida ao Estado para fazer o bloqueio químico? A gente precisa de dados para solicitar os insumos e isso só é feito com dados notificados ou confirmados”, completa.                 (Jornal do Cariri)                 Cariri Principal

Post a Comment