O
diretor executivo de Habitação da Caixa Econômica Federal. Paulo Antunes de
Siqueira, disse ontem que as recentes restrições nos limites de financiamento
de imóveis que o banco vem promovendo "são pontuais" e sinalizou que
a partir de 2018 essas alterações devem ser revertidas. "No ano que vem,
com novo orçamento, novas medidas poderão ser adotadas. Faz parte da gestão da
carteira imobiliária. São rotinas que o banco executa", afirmou, após
palestrar no Seminário Caixa Econômica Federal.
O
evento, realizado pelo Sindicato das Construtoras do Ceará (Sinduscon-CE),
aconteceu ontem (27) no Auditório Waldyr Diogo, localizado na sede da Federação
das Indústrias do Estado do Ceará.
A
Caixa anunciou na última sexta-feira a redução do limite de financiamento para
50% do valor de imóveis usados. Antes, os clientes poderiam financiar até 60%
ou 70%. Em agosto, o banco já tinha reduzido de 90% para 80% do valor da
unidade o teto para a compra de imóveis novos e de 90% para 60% ou 70% o limite
para os usados.
Paulo
Antunes disse que o banco não irá impor mais restrições de financiamento neste
ano. "Até porque não está havendo restrição à contratação. As contratações
estão caminhando dentro do orçamento e, no caso do Ceará, até superando o
orçamento disponibilizado", disse.
Orçamento
mensal
O
vice-presidente da Área Imobiliária do Sinduscon-CE, José Carlos Gama,
salientou outra restrição que a Caixa irá implementar a partir do próximo mês.
"O orçamento do valor que ela tem a financiar para o mutuário final, que
antigamente era anualizado a partir do mês de outubro agora vai ser mensal".
Segundo
ele, a medida "é mais prejudicial do que favorável" para o setor da
construção civil. "No momento em que ela tiver atingido aquele volume de
recursos ela vai suspender (os financiamentos) e aquele cliente que seria o
próximo a realizar o financiamento vai ter que aguardar o mês seguinte ",
disse.
Pleitos
Além
da reversão dos limites de financiamento da Caixa para os patamares anteriores,
o Sinduscon-CE pediu ontem à diretoria da Caixa que o banco explicite os
motivos de negativa do crédito imobiliário. "Muitas vezes o cliente já usa
outro produtos na Caixa, mas mesmo assim ele não é aprovado para ter um
financiamento imobiliário. Isso é um direito que o agente financeiro tem, mas
ele precisa ser claro e dizer o motivo pelo qual foi negado aquele financiamento",
argumentou Gama. (Diário do
Nordeste)
Postar um comentário