Para estimular o aumento da renda dos
beneficiários do Bolsa Família, o governo lança nesta terça-feira (26) o programa Plano
Progredir que, além de capacitação, vai disponibilizar R$ 3 bilhões por ano em
linha de microcrédito. Segundo o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar
Terra, a meta inicial do programa é atender, nos próximos 12 meses, entre 1
milhão e 1,5 milhão de famílias cadastradas no Bolsa Família. Atualmente, 13
milhões de famílias recebem o benefício.
“O objetivo é que essas pessoas possam progredir, ter uma vida
melhor, uma renda melhor. Acho que o Bolsa Família não é objetivo de vida de
ninguém. A média do Bolsa Família é de R$ 180. [O programa] é para evitar que
as famílias mais pobres cheguem à miséria. Um programa para que essas pessoas
possam se manter enquanto não tiverem outra opção. O que estamos buscando é dar
outra opção”, disse Osmar Terra à Agência Brasil.
De acordo com o ministro, a adesão ao Progredir e o eventual
aumento da renda, caso o beneficiário consiga um emprego, não acarretará na
exclusão imediata do Bolsa Família. “Não vai ter exclusão automática de ninguém
do programa. Vamos, inclusive, manter o Bolsa Família por dois anos para quem
conseguir emprego com carteira assinada e ganhar até dois salários mínimos.
Teremos uma série de regras que garantam que essas pessoas tenham o Bolsa
Família enquanto precisarem, mas que elas possam almejar ter uma vida melhor”,
argumentou o ministro. Além disso, as famílias que deixarem o Bolsa Família
mas, posteriormente, perderem a nova fonte de renda poderão voltar a receber o
benefício.
Segundo Osmar Terra, em parceria com o programa, grandes
empresas disponibilizarão vagas de empregos especificamente para beneficiários
do Bolsa Família e do Cadastro Único. “Os maiores empregadores do Brasil estabelecerão
uma cota de emprego para o público do Bolsa Família. Estamos com um amplo
programa de capacitação de mão de obra com o Pronatec [Programa Nacional de
Acesso ao Ensino Técnico e Emprego], Sistema S, vários níveis de capacitação.
Teremos programa de qualificação, empreendedorismo e geração de emprego”.
As informações sobre o programa serão repassadas às famílias
pelo sistema de pagamentos, pelos Centro de Referência de Assistência Social
(CRAS) e também pela internet. “As pessoas vão poder se cadastrar em um portal
que vamos criar, regionalizado, em que as pessoas interessadas em emprego se
cadastrem e as empresas oferecem as vagas. Isso vai ser um salto importante no
que tem hoje em relação ao programa”, explicou Terra.
A cerimônia de lançamento do programa está marcada para hoje (26), às 11h, no Palácio do Planalto. (Agência Brasil)
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