Além do tráfego lento, os motoristas ficam preocupados com a grande quantidade de veículos pesados no local das obras. FOTO: Antonio Rodrigues |
Crato. A restauração da CE-292, que liga este Município a Nova
Olinda, com acesso ao distrito de Santa Fé, está causando alguns transtornos à
população que utiliza a estrada que dá acesso às cidades do Cariri Oeste, além
de Exu (PE). Iniciada em janeiro, a obra tem causado engarrafamentos e gerado
preocupação com a segurança. Até agora, cerca de 70% dos serviços já foram
executados.
Segundo o motorista de transporte
alternativo, Cícero Roberto Freire, que faz o trajeto quatro vezes por dia,
entre Crato e Nova Olinda, a recuperação da CE-292 vai ser benéfica, pois a
estrada "já estava passando da hora de ser restaurada". No entanto,
afirma que a obra está causando prejuízos para ele e seus passageiros.
"Aumentou o tempo da viagem em cerca de uma hora. Antes eram só 40
minutos. O trajeto não é bom. Se tem uma consulta marcada no médico, tem que
sair de casa uma hora e meia antes", explica.
Já o professor do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Márcio Benevides, acredita
que os impactos da obra causam problemas diretos na sala de aula. Alunos e
docentes chegam atrasados devido ao bloqueio criado pela construtora que
realiza a obra. "Passei 40 minutos parado. Mesmo me programando para sair
mais cedo, não dá pra evitar os atrasos. Já tivemos filas de carros que começam
dentro do próprio IFCE", acrescenta.
Além disso, Márcio alerta para
situações que colocaram em risco a segurança de estudantes e funcionários,
principalmente durante a noite, já que, segundo ele, não possui sinalização
adequada. "Toda a vez que estamos trafegando pela pista em construção,
temos que cruzar com caminhões da obra e, às vezes, eles passam em alta
velocidade, carregando cargas pesadas. É tenso. Na semana passada, uma colega
quase foi atropelada por um destes veículos", completa.
O Departamento Estadual de Trânsito
(DER) afirmou que o trecho está devidamente sinalizado e garantiu que vai
tomar, junto com os outros órgãos responsáveis pelo tráfego no local,
providências para disciplinar a velocidade dos caminhões que atuam na obra.
Sobre o aumento do tempo de espera dos veículos, lembra que o trecho está com
operários e máquinas, por isso o tráfego fica mais lento e ressaltou que os
inconvenientes de hoje são necessários para que a população receba uma rodovia
restaurada e com condições de trafegabilidade e segurança viária. (Diário do Nordeste)
Postar um comentário