O
Produto Interno Bruto (PIB) do Ceará somou, em 2014, R$ 126 bilhões, número que
representa uma participação de 2,18% da atividade econômica no Estado dentro do
PIB nacional. A fatia é ligeiramente maior que a registrada em 2002, quando o
Ceará detinha participação de 1,93% do PIB nacional. As informações constam no
Informe nº 23 do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece).
Para
o economista do Ipece, Alexsandre Lira, um dos responsáveis pela elaboração do
material, apesar de parecer pouco, o número é bastante expressivo quando é
levado em consideração que o número se refere à estrutura econômica de um
estado, e não apenas de um setor.
"É
um avanço importante, porque a essa estrutura muda muito lentamente, então
qualquer avanço já é algo a ser destacado. Estamos falando de um indicador que
não é tão volátil", detalha Lira.
O
aumento da participação estadual na riqueza nacional, segundo o informe do
Ipece, é fruto de uma expansão acumulada de 62,62% da economia do Estado em 12
anos ante crescimento acumulado de 50,73% em nível nacional na mesma base
comparação. O relatório destaca ainda que a participação do PIB estadual também
cresceu dentro da região Nordeste, que apresentou crescimento acumulado de
58,78% na mesma comparação.
Tendência
Alexsandre
Lira destaca ainda que a tendência para os próximos resultados, referentes aos
anos de 2015 e 2016, devem continuar trazendo uma participação crescente, mas
de forma gradual. "O Brasil entrou no 'fundo' da crise de forma muito mais
acelerada que o Ceará, então acredito que esses números reflexo da crise no
Estado só devem ser percebidos com o resultado de 2017. Talvez somente em 2018
nós tenhamos um sentimento do que foi essa crise".
Pobreza
Apesar
do avanço, o economista destaca que o Ceará ainda é um estado pobre. "O
ideal seria que tivéssemos 4% da riqueza do Brasil e nós ainda temos somente
2%. Estamos distantes do ideal, mas estamos caminhando para esse número",
diz. Ele reforma que deve ser mantida nos próximos resultados a participação na
casa dos 2%. "Como somos pequenos, a tendência é ganhar mais espaço na
economia, sobretudo com as atividades ligadas ao setor de serviços",
detalha Alexsandre Lira.
De
acordo com o relatório, houve um avanço também na participação desse setor no
Valor Adicional Bruto estadual, que passou de 69,82% em 2002 para 75,64% em
2014, o que mostra, segundo o Ipece, que o Ceará é, cada vez mais, uma economia
de serviços.
Alexsandre
Lira reforça que essa participação deve continuar em destaque nos próximos
anos, ganhando cada vez mais espaço. "A tendência é que os serviços
continuem ganhando posição", enfatiza. (Diário do Nordeste)
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