Passagem para Juazeiro do Norte se destaca com diferença no valor das tarifas. FOTO: Elizângela Santos |
Na hora de viajar, a comparação de preços das
passagens aéreas é um ritual repetido inúmeras vezes pelos consumidores, na
esperança de encontrar valores melhores. Não é novidade que a diferença no
preço das tarifas pode ser assustadora. Um levantamento feito pelo Instituto Tecnológico
de Aeronáutica (ITA) confirmou essa tese e mostrou que os bilhetes com destinos
como Juazeiro do Norte podem ter variação de até R$ 2.050.
O estudo constatou que a rota com maior diferença
de valor foi entre Navegantes (SC) e Juazeiro do Norte (CE). O passageiro que
optou por comprar passagem da TAM pagou mais de R$ 2.500, e quem escolheu a Gol
gastou menos de R$ 600, em média. O baixo tráfego de passageiros nesse voo
ajuda a explicar a diferença.
Custos para as companhias
Outra disparidade expressiva é possível ser
observada em trechos mais concorridos, como entre Recife (PE) e Fortaleza (CE),
com diferenças de mais de R$ 1.000 nas passagens. O autor do estudo, Alessandro
Oliveira, do Núcleo de Economia do Transporte Aéreo do ITA (Nectar), lembra que
as empresas formam suas tarifas com base, principalmente, em custos.
"Com muitos passageiros, as companhias
preenchem mais assentos e tendem a diluir melhor seus custos fixos". Em
outras palavras, quanto maior a frequência e a quantidade de passageiros, menos
as companhias aéreas terão que pagar em gastos com suas operações, pois ganham
em escala. A tendência é que isso se reflita no valor das tarifas.
De modo geral, a diferença entre os preços mais
barato e mais caro pode chegar a 379% nos casos mais extremos. Além disso,
cerca de 90% dos voos nacionais possui competição, ou seja, a mesma rota é
coberta por mais de uma companhia.
Antecedência
Para quem quer economizar, o Nectar aponta que a
antecedência pode ajudar, sendo observados preços até 55% menores. No entanto,
o desconto deixa de valer se a compra for feita mais de 45 dias antes do voo.
"Comprar com antecedência excessiva não adianta porque a empresa ainda não
começou a elaborar sua política de tarifas", explica Oliveira.
Trechos mais concorridos
Alessandro aponta ainda que nas rotas campeãs de
demanda e que possuem muita frequência as disparidades tendem a diminuir. No
trecho número um de densidade, Santos Dumont (RJ) e Congonhas (SP), o
consumidor pagou em média R$ 75 de diferença entre a passagem mais barata e a
mais cara.
(Diário do Nordeste) Cariri Principal
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