Hospital Manoel de Abreu. FOTO: Antônio Inácio |
O
prédio onde funcionou o Hospital Manoel de Abreu agora pode se tornar um Centro
de Cultura de Crato, com diversas linguagens culturais. Recentemente, os
vereadores aprovaram a ampliação da legislação vigente, proposta pelo
Executivo, permitindo, dessa forma, tombamento municipal daquela estrutura. De
acordo com o secretário municipal de Cultura, Wilton Dedê, o próximo passo será
articular a compra do equipamento com o Governo do Estado, para que seja
transformado no Centro.
Segundo o titular da pasta, a iniciativa faz parte das descentralizações
das ações da Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) para o interior. “A gente
obteve apoio da Câmara para tombar o Manoel de Abreu, que serviu muitos anos
como escola interna, seminário e, por último, hospital. A intenção do prefeito
é preservar a história cratense e o próximo passo será articular com o
governador Camilo Santana para compra do imóvel”.
O secretário explica que o
tombamento municipal também serviu para impedir que a estrutura ficasse à mercê
da especulação imobiliária, podendo “perder sua memória”. “A preocupação nossa
é que alguém comprasse para fazer um loteamento ou algo diferente, a ponto de
matar a história. Como há três níveis de tombamento, queremos pedir, ainda, um
estadual e/ou federal. Até lá, queremos transforma aquele ambiente em um centro
cultural”, disse Wilton.
Dedê assevera que a transformação do prédio em um
centro de cultura prevê a implementação de um projeto social direcionado para a
comunidade, no qual ele está inserido, obedecendo à legislação específica. O
gestor sinaliza para a implantação de várias linguagens, como teatro, museus,
cinema, etc., nesse centro. Além dele, o Município ainda cogita tombar mais 70
prédios. Para tanto, uma negociação com o Ministério Público prevê essa
viabilidade.
“Tais ações estão sendo possíveis após a descentralização das
políticas públicas da Secult nos municípios cearenses. Antes, o Conselho
Estadual de Cultura do órgão tinha 23 assentos ocupados apenas por
representantes de Fortaleza. A distribuição das ações era desproporcional. O
Centro Dragão do Mar, Porto Iracema das Artes, Museu da Imagem e Som, tudo em
Fortaleza. Contudo, uma articulação conjunta conseguiu reverter isso, criando
oito escritórios regionais, sendo um no Crato, e centros de artes”, finaliza o
secretário. (Jornal do
Cariri)
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