Aneel anuncia que contas de luz de dezembro terão bandeira vermelha no 1º patamar. FOTO: Serena Morais |
A
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que as contas de luz
terão bandeira vermelha em seu primeiro patamar no mês de dezembro. Com isso,
os consumidores terão uma taxa extra de R$ 3,00 a cada 100
quilowatts-hora (kWh)consumidos. Em novembro,
vigorou a bandeira vermelha patamar dois, cuja cobrança é de R$ 5,00 a cada 100
kWh consumidos.
A
mudança da bandeira foi possível em razão do aumento das chuvas, que ajudaram a
recuperar o nível dos reservatórios das hidrelétricas. Apesar da melhora, a
Aneel afirma que, "ainda que não haja risco de desabastecimento de energia
elétrica, é preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate
ao desperdício".
A
divulgação da bandeira do mês de dezembro deveria ter ocorrido na última
sexta-feira, 24. A agência não informou o motivo do atraso.
A
persistência da seca fez com que a agência antecipasse o reajuste das
bandeiras, que seria válido apenas a partir de janeiro. Com as alterações
propostas pela Aneel, o sistema das bandeiras tarifárias passar a levar em
consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas (risco hidrológico).
Até então, o modelo considerava apenas o preço da energia no mercado à vista
(PLD).
No
novo sistema, a bandeira verde continua da forma como está, sem taxa extra. Na
bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1,00 a cada 100 kWh. No primeiro patamar
da bandeira vermelha, o adicional é de R$ 3,00 a cada 100 kWh. E no segundo
patamar da bandeira vermelha, a cobrança é de R$ 5,00 a cada 100 kWh. Como a
metodologia está em audiência pública, os valores definitivos das bandeiras
para 2018 ainda podem ser alterados.
O
sistema de bandeiras tarifárias é uma forma diferente de cobrança na conta de
luz. O modelo reflete os custos variáveis da geração de energia. Antes, esse
custo era repassado às tarifas uma vez por ano e tinha a incidência da taxa
básica de juros, a Selic. Agora, esse custo é cobrado mensalmente e permite ao
consumidor adaptar seu consumo e evitar sustos na conta de luz. (Estadão)
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