Apenas
1,9% dos cursos das áreas de saúde e ciências agrárias receberam o nível máximo
na avaliação realizada em 2016 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A maioria desses cursos (50,5%) no país
recebeu conceito 3. A escala de avaliação vai de 1 a 5 e faz parte Conceito
Preliminar de Curso (CPC) – indicador de qualidade que avalia os cursos de
graduação – divulgado hoje (24) pelo Ministério da Educação (MEC).
Em
2016, apenas 1,93% (81) dos cursos receberam a nota 5, enquanto 40,28% (1.690)
ficaram com nota 4; 50,45% (2.117) com nota 3; 6,98% (293) com nota 2; e 0,36%
(15) com nota 1. Além do CPC, o MEC também apresentou os dados do Índice Geral
de Cursos Avaliados da Instituição (IGC), indicador de qualidade que avalia as
instituições de educação superior.
No
ano passado, foram avaliados os bacharelados nas grandes áreas de saúde,
ciências agrárias e áreas afins e os cursos tecnológicos relacionados às áreas
de ambiente e saúde, produção alimentícia, recursos naturais, militar e
segurança. Esse grupo representou 18 áreas de avaliação, 4.300 cursos e 195.757
participantes no exame.
Os
cursos avaliados em 2016 foram os bacharelados em agronomia, biomedicina,
educação física, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina,
medicina veterinária, nutrição, serviço social e zootecnia. Também foram
analisados os cursos de tecnólogo em agronegócio, em estética e cosmética, em
gestão hospitalar e em gestão ambiental.
Segundo
o Ministério da Educação, os dados refletem o dia a dia dos professores e
alunos das instituições de educação superior e auxiliam nas tomadas de decisão
de efeitos regulatórios da pasta. Na próxima segunda-feira (27), os indicadores
serão divulgados no Diário Oficial da União, no Portal do Inep e na consulta
pública do Sistema e-MEC.
Indicadores
Atualmente,
além do CPC e do IGC, o Inep calcula dois outros indicadores: Conceito Enade
(CE) e Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD).
Os resultados do Conceito Enade e do IDD relativos a 2016 já foram divulgados
em setembro. Agora, são publicados os resultados do CPC e do IGC, que revelam a
qualidade dos cursos e das instituições de ensino superior – que têm acesso a
consulta restrita nos dados publicados nesta sexta-feira pelo Sistema e-MEC. Os
quatro indicadores de qualidade da educação superior mantêm relação direta com
o ciclo avaliativo do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade).
O
cálculo do CPC tem por base, entre outros critérios, a avaliação de desempenho de
estudantes, por meio do Enade; o valor agregado pelo processo formativo a
partir do IDD; as características do corpo docente, por meio do censo da
educação superior; e as condições oferecidas para o desenvolvimento do processo
formativo. Já o cálculo do IGC é realizado anualmente e considera a média dos
dados do CPC do último triênio. Também são consideradas a média dos conceitos
de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu e a distribuição dos
estudantes entre os diferentes níveis de ensino, graduação ou pós-graduação
stricto sensu.
Enade
Os
indicadores de qualidade são calculados a partir do desempenho de concluintes
no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), realizado para aferir
conhecimentos, competências e habilidades desenvolvidas pelo estudante ao longo
do curso. De acordo com o MEC, as ações de avaliação, regulação e supervisão de
cursos já reconhecidos decorrem das áreas de avaliação do Enade.
O
exame deste ano será aplicado no próximo domingo (26). Os participantes
que ainda não sabem onde farão suas provas poderão consultar os locais sem
acessar o ambiente restrito do estudante. O Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) liberou a consulta pública aos
locais de prova, por meio do portal do Sistema Enade. (Agência Brasil)
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