Desde o início de novembro, a unidade funciona 24h
durante os sete dias da semana.
FOTO: Gabriel Brito - Jornal do Cariri
O Centro de Atenção Psicossocial do Crato (CAPS) II, que atendia somente de segunda à sexta-feira, passou por mudanças e, desde o início de novembro, é um CAPS III, que funciona 24h por dia, todos os dias da semana, inclusive em sábados, domingos e feriados. A mudança fortalece a rede de atenção psicossocial, que é composta, ainda, por um CAPS Álcool e Drogas (AD), voltado para pessoas com dependência do uso do álcool, crack e outras drogas.

Conforme explicou a supervisora do Caps III, Juliana Pereira, a mudança é importante porque dá suporte aos pacientes que, agora, têm local de acolhimento independente da hora e do dia. Atualmente, de acordo com Gabriel Brito, coordenador do Caps III, o equipamento possui 3.320 prontuários. Destes, 1.982 são ativos. Diariamente, o local atende cerca de 90 pessoas, levando em consideração todos os serviços prestados. Com a migração para o Caps III, usuários poderão ficar internados em fins de semana, podendo passar até 14 dias.

O desenho para a rede de atenção psicossocial foi montado ainda em 2013. Margareth Novais, na época coordenadora de Saúde Mental, lembra que foram planejados equipamentos como o Caps III, Caps AD III, residência terapêutica e Caps i, que é o infanto-juvenil. Em 13 de maio de 2013, a Rede foi aprovada em Crato. Para ela, tal fato é considerado histórico. Em 2016, estava habilitado para o funcionamento, mas não iniciou tratamento por conta da operacionalização.

Segundo Gabriel, a política de saúde preconiza que os Caps III devem disponibilizar de cinco a 12 leitos. Em Crato, no momento, há cinco leitos instalados, por conta da limitação do espaço. Durante a semana, como explicou Gabriel Brito, ocorrem oficinas em grupos terapêuticos, tanto para usuários quanto para familiares dos usuários. “A gente trabalha em cima da reinserção social. É fundamental a gente ter esse elo com a família também”, enfatiza o coordenador. De segunda à sexta, ainda são disponíveis serviços de ambulatório e acompanhamento com clínico geral, terapeuta ocupacional e profissionais da área da psiquiatria, enfermagem, psicologia e assistência social, além de uma farmácia exclusiva para os usuários do Caps.

“A gente está com uma casa de acolhimento, que está com 95% das obras concluídas e todo o material licitado, mas ainda não está em funcionamento”, afirmou Gabriel, ao explicar que o local atenderá usuários que não tenham para onde ir após sua internação, como, por exemplo, pessoas em situação de rua. Como destacou Gabriel, o Caps atua em parceria com órgãos como o Conselho Tutelar, Centro de Referência da Mulher, com os Centro de Referência de Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Estratégia de Saúde da Família, entre outros.

(Jornal do Cariri)

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