Protesto contra reformas do governo no Cariri.
FOTO: Adriana Russo - Agência Miséria
Os sindicatos de diversas classes trabalhadoras conclamam o apoio da população caririense para barrar a reforma trabalhista, que entrou em vigor nesta segunda-feira (13). Na última sexta-feira (10), eles realizaram mais uma marcha, seguindo a agenda nacional de mobilizações, contra inúmeras alterações da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), pelo fim da Terceirização e da proposta da Reforma da Previdência.

O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Juazeiro do Norte (Sisemju), Marcelo Alves, lembra a importância da população se alertar e reagir diante da retirada de direitos. “Só o povo, com sua capacidade de organização, mobilização e participação, é capaz de botar um freio nessas iniciativas do Governo Temer. Infelizmente, a gente vê uma população à margem do que está acontecendo, mas que vai se dá conta, cedo ou tarde, quando tiver um emprego com uma carteira assinada sem direitos”, destaca.

Ele salienta que, cheio de desigualdades, o pais não tem como implantar uma política de trabalho semelhante a dos Estados Unidos das Américas (EUA), em que o trabalhador recebe por hora trabalhada. Para Alves, o trabalho intermitente não garante sequer salário mínimo. Valdir Madeiros, representante da Intersindical, concorda com o pensamento e declara que a união do povo pode derrubar um governo ilegítimo e seus desmandos.

Mesmo com a Reforma em vigor, Medeiros afirma que impede as categorias permanecerem mobilizadas. “Muitos desses absurdos podem ser barrados nas lutas e melhorar a vida dos trabalhadores. A população e a classe trabalhadora não podem ficar adormecidas perante todo esse desmonte e esfacelamento de direitos sociais. Além disso, não podemos permitir reforma na Previdência, porque já se comprovou que não há déficit. Uma das CPIs do Congresso pontuou recentemente que o Poder Executivo Federal está deixando de cobrar ‘a bel prazer’ mais de R$ 450 bilhões, que confirma a inexistência de déficit”.

A diretora de comunicação do Sindicato dos Servidores Municipais de Crato (Sindscrato), Arlane Markely, aponta que as reformas pretendem enfraquecer os sindicatos, mas a luta vai permanecer. “Primeiro, temos que ressaltar que essas pessoas que vêm aprovando reformas que prejudicam a vida dos trabalhadores são pessoas que não nos representam. Mas, ainda podemos virar o jogo. Se nos acomodarmos e não estivermos presentes nas câmaras, nas ruas, nos ambientes de discussões, mais reformas prejudiciais virão. Então, o povo precisa reagir”, apela.

(Jornal do Cariri)

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