Os trabalhadores com carteira assinada devem receber a primeira parcela do 13º salário até o final deste mês e, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), a maioria pretende utilizar o benefício para quitar dívidas.

Especialistas apontam que essa é uma das saídas mais aconselháveis, mas lembram que as pessoas devem se preparar para outras despesas e evitar um novo endividamento (veja dicas mais abaixo).

Segundo o Ministério do Trabalho, mais de 83 milhões de brasileiros devem receber o 13º salário neste ano, o que irá injetar mais de R$ 200 bilhões na economia. Os dados incluem os empregados com carteira assinada e os aposentados e pensionistas, que também têm direito ao benefício.

Cada trabalhador assalariado deverá receber, em média, R$ 2.758,70 até dezembro, enquanto o valor médio a ser pago a aposentados e pensionistas é de R$ 1.923,14.

Planos para o benefício

Pesquisa da Anefac aponta que a grande maioria das pessoas que irão receber o 13º diz que pretende usar o recurso para pagar dívidas que já possuem. Outros afirmam que vão usar o dinheiro para despesas de início de ano, compras ou investimentos.

O levantamento mostra ainda que, entre as pessoas que vão usar o dinheiro para pagar dívidas, em mais de 90% dos casos a pendência é de cartão de crédito ou de cheque especial.

Como aproveitar bem o 13º

Veja, abaixo, 9 dicas para usar o 13º da melhor maneira possível. As recomendações são da Anefac, de Bernardo Pascowich, fundador do buscador de investimentos Yubb, e de Paulo Azevedo, professor de estratégia financeira do Ibmec SP.

1. Priorize o pagamento de dívidas atrasadas
Para os consumidores que estão com o nome na lista de devedores, a primeira recomendação é quitar a pendência e começar o ano seguinte livre da inadimplência. “Para essas pessoas, o benefício é mais um alívio que uma oportunidade de investimento, por exemplo”, avalia Pascowich.
Até setembro, cerca de 60 milhões de pessoas estavam com o nome na lista devedores. Nos primeiros dias do feirão "Limpa Nome" da Serasa Experian, por exemplo, muitos consumidores buscaram informações para renegociar dívidas.

2. Ao quitar dívidas, dê preferência àquelas com juros mais altos

A recomendação vale especialmente para quem está no vermelho por causa do cartão de crédito ou do cheque especial. Segundo a Anefac, os juros médios do cartão de crédito rotativo estão em 328% ao ano e, os do cheque especial, em 303%.           (G1)

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