Faltando
quatro meses para o início da “janela partidária” para filiações visando o
pleito eleitoral de 2018, deputados que têm interesse em disputar reeleição já
estão conversando com lideranças políticas com o objetivo de desembarcar das
legendas de que fazem parte. Até o início do próximo ano, mudanças acontecerão
na Assembleia Legislativa, visto que, enquanto alguns parlamentares têm maiores
pretensões eleitorais, outros não pensam em participar da disputa e, com isso,
apoiar outros nomes.
As
alterações na Casa tiveram início já em outubro, quando três deputados se
licenciaram para dar lugar a suplentes. Julinho (PDT), Mário Hélio (PDT) e
Tomaz Holanda (PPS) aproveitaram o momento para iniciar incursões por
municípios do Interior onde têm colégios eleitorais. Enquanto isso, assumiram
Agenor Ribeiro (PSDC), Nizo Costa (PMB) e Yuri Guerra (PMN).
Além
daqueles que pretendem disputar reeleição no próximo ano, há os que não vão
disputar nenhuma vaga e, ainda, aqueles que tendem a mudar de partido com
outros interesses eleitorais. A deputada Augusta Brito (PCdoB), por exemplo,
foi escolhida pré-candidata ao Senado, mas muitos parlamentares não acreditam
que a empreitada possa se concretizar, visto que a legenda não teria forças
para fazer disputa na base governista.
Carlos
Felipe, também do PCdoB, tem considerado não disputar reeleição e já cogitou
até indicar a esposa à disputa. No entanto, ele ainda não se decidiu a
respeito. No PCdoB, também há a possibilidade de a legenda atrair o petista
Manoel Santana. As negociações vêm ocorrendo já há algum tempo, mas nada está
fechado.
No
PT, a deputada Rachel Marques já sinalizou que pode disputar uma das 22
cadeiras do Ceará na Câmara Federal. Já Renato Roseno, do PSOL, por vezes, tem
sinalizado a possibilidade de não disputar a reeleição.
Robério
Monteiro (PDT) é outro que quer participar das eleições como candidato a
deputado federal e não estadual, assim como Bruno Gonçalves, do PEN. Capitão
Wagner (PR) também pode seguir este rumo, mas ainda negocia a possibilidade de
fechar chapa com a oposição com vistas a cargo majoritário.
Vice
O
presidente do Poder Legislativo, Zezinho Albuquerque (PDT), tem sido cogitado
para estar na chapa majoritária ao lado de Camilo Santana, em uma eventual
candidatura à reeleição do governador.
Em
busca de sobrevivência política ou devido a desavenças com as lideranças de
suas legendas, alguns parlamentares, porém, devem aproveitar a janela
partidária que deve ficar aberta até abril para se filiar a novos partidos. É o
caso de Audic Mota (PMDB), que mantém boa relação com o Democratas (DEM), Osmar
Baquit (PSD), Heitor Férrer (PSB), Gony Arruda (PSD), Silvana Oliveira (PMDB),
Agenor Neto (PMDB), Manoel Santana e até Julinho, segundo informações de
deputados da Casa. A situação dos peemedebistas, porém, vai depender do
posicionamento que o presidente da sigla, Eunício Oliveira, deve tomar. (Diário do Nordeste)
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