Um dos mais conhecidos programas do Ministério da Saúde, o
Farmácia Popular, iniciativa que oferta medicamentos gratuitos ou com até 90%
de desconto, deve sofrer mudanças. Para o setor farmacêutico, as medidas o colocam
em risco. Após fechar cerca de 400 farmácias da rede própria que mantinha no
programa, o governo quer agora mudar o modelo de pagamento para farmácias
particulares credenciadas. Hoje, há cerca de 30 mil estabelecimentos que
ofertam os medicamentos no Aqui Tem Farmácia Popular, nome dado ao eixo do
programa na rede particular. As informações são de Natália Cancian, da Folha de
S.Paulo.
Para
o ministro Ricardo Barros (Saúde), o objetivo é reduzir gastos, tidos como mais
altos do que na compra centralizada de remédios no SUS. Representantes do setor
e sanitaristas, porém, dizem que as novas propostas colocam o programa em
xeque. Hoje, farmácias recebem um reembolso do governo a cada produto
dispensado, com base em uma tabela de valores de referência pré-definidos para
cada um deles.
O
governo quer renegociar esses valores. De acordo o ministro, a ideia é propor
um novo cálculo, definido por um preço base no atacado e 40% de margem para
compensar os custos de aquisição e distribuição dos produtos. Pacientes que
utilizam o Farmácia Popular afirmam terem sido pegos de surpresa com o
fechamento das unidades próprias do programa e relatam dificuldades de acesso a
medicamentos no SUS. No Distrito Federal, a única unidade da rede própria que
ainda havia do programa, em Sobradinho, foi fechada em 28 de agosto.
(Com informações da Folha de S.Paulo e do Brasil 247)
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