Na manhã desta sexta-feira, 15, foi aprovada a Base Nacional Comum Curricular. O processo aconteceu por meio de votação pelo Conselho Nacional de Educação (CNE). O documento determina o que os estudantes - 35,8 milhões - devem aprender durante a vida escolar nos próximos anos, tanto no ensino infantil como no fundamental. A informação é do UOL.

Agora, o texto deverá seguir para a homologação do ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM). Em nota, o responsável pela pasta disse que a nova base deixa o Brasil em harmonia com os melhores e mais qualificados sistemas educacionais do mundo.

Estados e Municípios terão dois anos para implementar a base em suas grades curriculares. Ou seja, a revisão dos currículos deve acontecer em 2018, para que em 2019 a nova base já seja implementada.

A alfabetização é uma das principais mudanças. Antes, as crianças deveriam saber ler e escrever aos oito anos, quando completavam o 3º ano do ensino fundamental. Agora, esses alunos devem ser alfabetizados até os sete anos de idade. Outra mudança polêmica fica por conta do ensino religioso, que passará a ser obrigatório ensino fundamental.

O coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, considera perigoso categorizar o ensino religioso como uma área no currículo. Para ele, isso toma tempo da escola, que poderia trabalhar questões mais significativas como o preparo da pessoa para a cidadania e o mundo do trabalho. "Essa é a missão da educação no Brasil". Ele lembrou ainda a laicidade do Brasil.

Opinião contrária tem o ministro Gilmar Mendes. Em entrevista ao El País Brasil, em setembro, o magistrado ironizou a questão. Ele perguntou se algum dia o Cristo Redentor vai ter que ser retirado do Corcovado por simbolizar influência cristã no Brasil.


Entre os 24 conselheiros do CNE, 20 votaram a favor da aprovação da BNCC. O documento não é válido para o ensino médio que, conforme o MEC, terá ainda sua própria base.

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