Sem
a aprovação da reforma da Previdência, poderá haver cortes de salários de
servidores públicos nos próximos anos, afirmou o presidente Michel Temer
nesta sexta-feira (8) em evento da Abinee (associação do setor
eletroeletrônico), em São Paulo.
"Se
não fizemos agora, em 2019, 2020, teremos uma reforma previdenciária
radical", disse, citando exemplos de outros países onde foi preciso cortar
pensões e vencimentos de servidores públicos em "20%, 30%". A
expectativa é que a votação fique para a última semana antes do recesso parlamentar,
entre os dias 18 e 19 de dezembro, disse o presidente.
"Suponho
que até lá teremos os votos", disse ele, ao ser perguntado sobre a falta
de apoio necessário para a aprovação.
Segundo
ele, além do PMDB e PTB, o PPS também deverá fechar questão sobre o tema e, no
PP, 90% dos parlamentares teriam se manifestado a favor da votação.
O
presidente disse não cogitar deixar a votação para o próximo ano.
Até
quinta-feira (7), a contagem era de 270 votos a favor da reforma.
Medidas
para agradar parlamentares
A
meta do governo é conquistar os cerca de 40 votos necessários para a aprovação nas
próximas semanas, com liberação de verbas e remanejamento de cargos.
Entre
as medidas para agradar parlamentares - e que elevam os gastos públicos -,
estão repasses aos Estados, a liberação recursos de emendas parlamentares ainda
não executados, além dos projetos de renegociação de dívidas com o fisco.
O
governo ainda estuda devolver cargos a deputados que haviam sido punidos por
votar contra o governo nos últimos meses.
O
presidente ainda aproveitou o evento com os empresários para pedir que estes
ajudassem a pressionar parlamentares pela aprovação. (Folhapress)
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