Economista aponta a necessidade dos empresários
continuarem proativos para que a região continue a crescer.
FOTO: Jornal do Cariri
O ano de 2017 foi marcado por reajustes fiscais em nome da retomada do crescimento da economia. No início de 2018, os caririenses se preocupam em como superar os impactos dos aumentos de produtos essenciais para o cotidiano. Embora a estagnação econômica impacte todos os níveis socioeconômicos, os assalariados sentem mais com a elevação de preço, por exemplo, do gás de cozinha, energia e gasolina, segundo especialistas.

De acordo com a economista Rita Fabiana, o reajuste da gasolina, gás de cozinha e energia ocorreu em virtude da redução do índice de inflação nos meses de agosto, setembro e outubro. O aumento desses três itens, conforme a especialista, estagnou o processo de crescimento da economia, por serem responsáveis por uma cadeia produtiva que move a indústria e comércio. No Cariri, ela afirma que a região sofreu os reflexos disso tanto como o restante do país, principalmente pelo seu setor produtivo ser primordialmente de bens e serviços.

“Passamos por uma estagnação ferrenha da economia. O país parou de produzir riqueza, que decorre do setor produtivo, a partir da geração de empregos, infraestrutura, renda, educação. Então, quando uma região não consegue fomentar o desenvolvimento não tem crescimento. O que se percebeu no Cariri foi semelhante ao restante do país: índice de desemprego, redução da arrecadação de impostos, estagnação de vendas no setor imobiliário, reflexos na construção civil, uma relação em cadeia”, aponta a profissional.

Para 2018, Rita Fabiana espera que esses produtos não subam de preço nos três primeiros meses e o mercado produza acima dos atuais preços, gerando um crescimento. Contudo, ela aponta a necessidade de os empresários continuem proativos para que a região continue a crescer. “O Governo Federal já está dando condições melhores de os empresários voltarem aos bancos e negociar seus débitos, para aumentar ou reerguer seus negócios”.

A economista dá discas de como o assalariado pode enfrentar tal situação, como dar prioridade aos gastos com aluguel, gás e energia. Em seguida, ela ressalta que se deve fazer uma boa pesquisa de preço antes de comprar a sua cesta básica; aprender que muita coisa que se vê na televisão é mero status, e substituir os bens que não se pode pagar por marcas mais baratas, sempre buscando bens que possam saciar as suas necessidades.

“Poupar é a palavra-chave para aquelas famílias que têm filhos. Vamos adentrar o ano com a responsabilidade de escola, compra de material escolar. Então, procure pechinchar os preços, olhar os valores de livros em sebos, por exemplo, pensar em produzir os lanches das crianças em casa; utilizar carona, adquirir um automóvel de baixo custo para onerar menos o valor da gasolina. Outra coisa é investir em si mesmo, se abrindo a novas possibilidades de renda”, conclui Rita Fabiana.                    (Jornal do Cariri)

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