O Ceará fechou o ano de 2017 com uma perda de 2.139 postos de trabalho formal, infomou nesta sexta-feira (26) o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho. Segundo o balanço anual, o resultado foi fruto de 381.185 contratações e 383.324 demissões no Estado ao longo do ano, números que fizeram o mercado de trabalho cearense encolher 0,18% ante 2016.

Conforme o Caged, o principal impacto negativo no mercado de trabalho do Estado veio da indústria de transformação, que fechou 3.798 postos em 2017, tendo em vista que o setor contratou 67,2 mil pessoas, mas demitiu 71 mil trabalhadores. Outro resultado desanimador veio da construção civil, que fechou o ano com uma redução de 2.070 vagas formais.

No que diz respeito às áreas que fecharam o ano com números positivos no Ceará, o principal destaque foi o setor de serviços, que contribuiu bastante para que o Estado não terminasse 2017 com números ainda mais negativos. Isso porque, de janeiro a dezembro do ano passado, foram 162,4 mil contratações e 159,6 demissões, o que gerou um saldo positivo de 2.809 novas vagas.

Na comparação com as outras Unidades da Federação, o mercado de trabalho cearense registrou o 9º pior resultado de 2017, ficando atrás, somente na região Nordeste, de Piauí (4.540 novos postos), Maranhão (1.221), Rio Grande do Norte (848), Bahia (839) e Sergipe, que fechou "apenas" 1.381 vagas formais.

Brasil perde mais de 20 mil postos
No total, o Brasil encerrou o mês de dezembro com o fechamento de 328.539 vagas de emprego formal, informou o Caged. Este foi o segundo mês seguido de perda de vagas. Com o número, o ano de 2017 encerrou com redução líquida de 20.832 vagas.

Nacionalmente, o fechamento de vagas de emprego com carteira assinada em 2017 foi liderado pelo setor da construção civil, que fechou 103.968 postos formais no acumulado do ano. Também tiveram desempenhos negativos a indústria de transformação (-19.900 vagas), setor extrativo mineral (-5.868) e serviços industriais de utilidade pública (-4.557), além da administração pública (-575).


Vale ressaltar que o dado divulgado nesta sexta-feira inclui contratos firmados já sob as novas modalidades previstas na reforma trabalhista, como a jornada intermitente e a jornada parcial. As regras começaram a vigorar em novembro do ano passado.                  (Diário do Nordeste)

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