Sobral foi a segunda cidade em geração de postos formais em 2017 no Estado, com saldo positivo de 870 postos. FOTO: Luiz Queiroz |
Mais
da metade dos municípios cearenses com mais de 30 mil habitantes fecharam 2017
com saldo positivo de emprego formal, segundo informações do Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. Cerca de 51,5%
deles, ou 33 das 64 cidades, geraram vagas com carteira de trabalho no ano
passado.
Sobral
foi a cidade que obteve o melhor resultado, com a criação de 870 vagas de
trabalho formal em 2017. Em seguida, aparecem, Caucaia (850), Morada Nova
(760), Horizonte (706), Eusébio (628), Quixeramobim (487), Maracanaú (393),
Missão Velha (321), Tauá (315) e Camocim (280).
"A
Região Metropolitana de Fortaleza responde por 60% do Produto Interno Bruto
(PIB) e consequentemente concentra a geração de emprego. Apesar disso,
Fortaleza fechou mais de 3 mil emprego no ano passado", explica o analista
de Mercado de Trabalho do Sistema Nacional de Empregos/Instituto de
Desenvolvimento do Trabalho (Sine/IDT), Mardônio Costa.
Entre
os municípios que mais fecharam vagas em 2017, Fortaleza se encontra na frente
com o encerramento de 3.698 postos de trabalho, seguido por Juazeiro do Norte
(-1.508), Brejo Santo (-1.122), Aquiraz (-851), Iguatu (-571) e Cascavel
(-372).
Dezembro
No
mês passado, 68,7% dos municípios cearenses registraram saldo negativo, de
acordo com os dados do Caged. "A maioria registrou números negativos
porque esse saldo é comum para o período de dezembro", explica o analista.
Aquiraz (79), Caucaia (68), Iguatu (45), Quixeramobim (42) e Crateús (36) foram
os municípios do Ceará que mais abriram vagas em dezembro do ano passado. Já
Fortaleza (-673), Juazeiro do Norte (-558), Barbalha (-323), Itapipoca (-298) e
Santa Quitéria (-259) obtiveram os piores resultados para o mês.
De
acordo com os dados do Caged, todas as áreas metropolitanas apresentaram
resultados negativos no comparativo. Fortaleza obteve neste cenário o segundo
melhor resultado de todo o País. A RMF registrou saldo negativo de 1.153 vagas,
enquanto que Belém fechou 694 empregos formais.
São
Paulo (-43.212), Rio de Janeiro (-12.902) e Porto Alegre (-8.994) lideram a
lista. No Nordeste, Salvador (-4.290) e Recife (-1.229) também encerraram vagas
de emprego formal.
Regiões
Entre
as regiões brasileiras, o Caged indicou que houve saldo positivo na geração de
empregos no Centro-Oeste , e no Sul, onde foram geradas 36.823 e 33.395 novas
vagas, respectivamente.
No
Norte, por sua vez, houve estabilidade, com o fechamento de apenas 26 postos no
acumulado do ano, enquanto no Sudeste (-76.600 postos) e no Nordeste (-14.424
postos), o Ministério do Trabalho registrou quedas na geração de emprego.
Estados
O
ano passado também foi positivo para o mercado de trabalho de 15 Unidades
Federativas brasileiras. O destaque foi para Santa Catarina (29.441 postos),
Goiás (25.370 postos), Minas Gerais (24.296 postos), Mato Grosso (15.985
postos) e Paraná (12.127 postos).
Dentre
os estados que tiveram redução no número de vagas formais, Rio de Janeiro
(-92.192 postos), Alagoas (-8.255 postos), Rio Grande do Sul (-8.173 postos),
Pará (-7.412 postos) e São Paulo (-6.651 postos) tiveram os resultados mais
expressivos. "São estados que, nos dois anos anteriores, tiveram
resultados bem piores. No Rio de Janeiro, por exemplo, as perdas foram de
-238.528 em 2016 e -183.151 em 2015", destaca Helton Yomura. (Diário do Nordeste)
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