TASSO
esteve em evento com Roberto Cláudio e a
vice-governadora Izolda Cela. FOTO: EVILÁZIO
BEZERRA
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Em
conversa sobre a sucessão estadual de 2018, o senador Tasso Jereissati (PSDB)
afirmou, ontem, que não será candidato ao Governo do Estado. O nome dele vinha
sendo apontado como esperança pelo bloco de oposição para fazer frente à
candidatura do governador Camilo Santana (PT).
“Não
existe essa possibilidade. Evidentemente que nós estamos discutindo. O que está
acontecendo hoje (referindo-se às chacinas nas Cajazeiras e na Cadeia Pública
de Itapajé, nos últimos dias 27 e 29, respectivamente) mostra que mais do que
nunca é preciso que tenhamos uma forte e unida candidatura de oposição e eu tô
ajudando nesse trabalho”, afirmou Tasso.
As
declarações do tucano foram dadas durante assinatura de pacto para formação de
Distrito de Inovação em Saúde, em Porangabussu, na manhã de ontem. A resposta
do senador veio após o deputado estadual Capitão Wagner (ainda no PR, mas de
mudança para o Pros) anunciar que disputará vaga na Câmara Federal.
Wagner
havia sido indicado pelo próprio Tasso para encabeçar a chapa na disputa
majoritária. Contudo, o deputado declinou da candidatura diante do veto do
senador à presença do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC) no palanque da
oposição.
O
deputado cearense disse que a base de sua militância é formada por apoiadores
de Bolsonaro. Desde então, Wagner tem afirmado que deve se manter próximo do
militar na disputa presidencial.
O
veto de Tasso a Bolsonaro é o principal ponto de divergência entre as duas
maiores lideranças da oposição no Ceará. “Não, o Bolsonaro eu não acho bom para
o Brasil. Não acho que tenha uma proposta que seja saudável para o País nem no
nível de ideias políticas, nem no nível de ideias de comportamento e nem ideias
sobre a economia brasileira”, enfatizou o senador.
Descartadas
as possibilidades de candidatura ao governo de Tasso e de Wagner, a indefinição
na escolha de um nome da oposição que deve disputar o Palácio permanece.
Contudo,
de acordo com Tasso, o grupo chegará a um candidato forte para as eleições de
2018. “Estamos discutindo as ideias e vamos chegar aos nomes”, garantiu.
No
último encontro do bloco de oposição no Ceará, realizado na sexta-feira, dia
26, as lideranças afirmaram que planejam encontro regional em Barbalha, a se
realizar no início do mês de março. A intenção é anunciar uma chapa competitiva
para o pleito estadual deste ano.
O
grupo não descarta que o candidato seja um nome de fora do meio político. O
empresário Geraldo Luciano é um das possibilidades cogitadas desde o ano
passado.
OPOSIÇÃO
SUCESSÃO
ESTADUAL
INDEFINIÇÃO
DA OPOSIÇÃO
No
último encontro dos partidos de oposição, ocorrido em 26 de janeiro, nome do
candidato do bloco para o Governo do Estado se manteve indefinido.
DEFINIÇÃO
ATÉ FEVEREIRO
Previsão
é que escolha seja concluída até o fim de fevereiro. Lideranças do bloco ouvidas
pelo O POVO, na ocasião, ainda apontavam Tasso Jereissati como esperança, mas
admitiam que o próprio se mantinha reticente sobre o assunto.
SEM
MDB NO BLOCO DE OPOSIÇÃO
Como O
POVO divulgou no último dia 16 de janeiro, a cúpula do MDB não admite
ainda integrar base do governo Camilo Santana (PT), mas fala claramente que os
parlamentares não trabalham mais na oposição, como era em 2015. O MDB também
não participa mais das reuniões da oposição no Ceará.
APROXIMAÇÃO DE
EUNÍCIO E CAMILO
Tendência
é que aproximação entre o presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), e
Camilo Santana resulte em apoio político nas eleições de outubro. (O Povo)
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