Rio Salgado, em Lavras da Mangabeira, tem primeira cheia
do ano e abastece o Castanhão. FOTO: Nilton Oliveira
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Nas
próximas horas, as chuvas neste mês de fevereiro devem superar média histórica
para o período, no Ceará, que é de 118.6mm. Nessa sexta-feira (16), a Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) chegou a registrar
120.5mm, ou seja, 1,6% acima da média. No fim da tarde, houve um recuo dos
números, que ficaram em 116,8%, ou seja, um desvio negativo de -1,6%.
Foram
observadas entre as 19 horas dessa quinta-feira (15), e 7 horas de sexta
precipitações em 80 municípios. As cinco maiores foram em Araripe (74.4mm),
Quixeré (65mm), Uruburetama (39mm), Meruoca (36mm) e Quixadá (36mm).
Desde
quando começou o atual ciclo de estiagem no Ceará, em 2012, o mês de fevereiro
apresentou índices acima da média apenas em 2012 (16.4%) e 2017 (34.8%). Os
dados são da Funceme. Nos outros períodos, estiveram abaixo do esperado 2013
(-48,1%); 2014 (-22.5%); 2015 (-18.9%) e 2016 que registrou a menor
pluviometria da série histórica (-55.2%). A julgar pela previsão de mais chuva,
a pluviometria no atual mês deve superior períodos anteriores.
Para
este fim de semana, a Funceme prevê tempo nublado com possibilidade de chuva em
todas as regiões do Estado. Desde o Carnaval que as precipitações no Estado são
provocadas por atuação direta da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), que
é o principal sistema causador de chuva no sertão cearense durante a quadra
invernosa (fevereiro a maio). "A Zona de Convergência está inclinada e
próxima à costa cearense, favorecendo a ocorrência de mais chuva",
explicou o meteorologista da Funceme, Raul Fritz.
O
Rio Salgado, em Lavras da Mangabeira, registra a primeira cheia do ano. A água
das últimas chuvas que banharam a região do Cariri escorrem pelo leito do rio,
que é um dos afluentes do Rio Jaguaribe, no município de Icó, e depois de percorrer
mais de 100 km deságua no Açude Castanhão. Daí a importância da chuva no Cariri
e nos Inhamuns para reabastecer as bacias do Salgado e do Jaguaribe e permitir
a recarga dos açudes Orós (está com volume de 5,7%) e Castanhão (2,1%).
(Colaborou Honório Barbosa - Diário do Nordeste)
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