Fortaleza
tem 30 casos confirmados da gripe H1N1 e outros 12 ainda em investigação. As
viroses que atingem o aparelho respiratório são as que mais preocupam
profissionais de saúde nesta época do ano. Durante período de chuvas, as
doenças virais são mais facilmente transmitidas devido a maior aglomeração de
pessoas em locais fechados. O resfriado e a gripe pelo vírus Influenza A são as
mais comuns, mas o vírus H1N1 também vem aparecendo nos consultórios médicos.
Para
Rui de Gouveia, gerente da célula de atenção primária da Secretaria Municipal
da Saúde (SMS), o que tem de ser observado são as complicações no trato
respiratório. Em um caso de resfriado, causado por vírus comuns, o paciente
deve apresentar sintomas fracos que se dissipam dentro de alguns dias, muitas
vezes sem necessidade de remédios. Já as gripes causadas por Influenza A e
H1N1 podem causar febres altas de até 40°. Além do quadro febril, é comum
manifestações de dificuldades para respirar plenamente causadas por infecções.
Observados estes sintomas, é preciso procurar atendimento médico.
No
mesmo período do ano passado, foram 132 casos de gripe H1N1 na Capital. Rui
afirma que é necessário se imunizar contra as doenças e cuidar para que os
casos não se agravem. "As pessoas devem procurar se informar com fontes
seguras sobre a gravidade de seus quadros médicos, não procurar somente na
internet". A campanha de vacinação da Prefeitura vai de 23 de abril
até 1º de junho e devem ser imunizados idosos, crianças, gestantes e
profissionais da saúde contra os principais vírus causadores de gripe.
Além
da vacina, outras medidas podem ser tomadas para que o vírus não se espalhe
tanto no ambiente. "Devemos lavar as mãos rigorosamente nesta época do ano
para cortar a linha de transmissão de contato do vírus com outras
pessoas", afirma o gerente de célula. Ele conta que, diferente do que as
pessoas acham, a maior parte dos vírus viaja mais por contato entre pessoas
doentes ou secreções do que pelo ar.
Histórico
O
vírus é o mesmo da epidemia mundial de 2009, que ficou conhecida como
"gripe suína". É também o mesmo da mortífera "Gripe
Espanhola", que assolou o mundo há 100 anos e matou até o presidente da
República. Porém, não se trata de tipo particularmente mortal do
vírus influenza. A mortandade de 1918 e 1919 provavelmente se deveu a lacunas
de imunização em escala global, somadas ao cenário de um mundo então em
guerra. (O Povo)
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