Epidemia de bactéria comedora de carne humana intriga
médicos na Austrália. FOTO:
DANIEL O'BRIEN
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Casos
de úlcera de Buruli, uma doença de pele mais comumente encontrada na África,
vem causando preocupação na Austrália. Altamente infecciosa, a bactéria já se
espalhou em várias regiões do país, principalmente no estado de Victoria. Os
casos da doença aumentaram num total de 400% nos últimos anos, de acordo com os
médicos. Já foram gastos mais de 1 milhão de dólares australianos, o
equivalente a quase R$ 2,6 milhões, em pesquisas sobre a Buruli.
Em
um estudo publicado nessa segunda-feira, 16, no Medical Journal of Austrália,
os especialistas advertem que o surto da doença, descrito como uma epidemia,
requer uma resposta científica urgente.
A
forma como a doença se espalha é desconhecida. A maioria dos casos na África
está associada a pessoas que vivem perto de pântanos e outros ambientes
aquáticos. Entretanto, na Austrália, os casos estão frequentemente ligados a
modos específicos de transmissão, como mosquitos e gambás, segundo o
especialista em úlceras de Buruli, o pesquisador Andrés Garchitorena.
Sobre
a Úlcera de Buruli
Causada
pela bactéria Mycobacterium ulcerans, a Buruli emite toxinas que destroem
células e gordura da pele, além de pequenos vasos sanguíneos, levando à
formação de úlceras e perda do tecido. Com o passar do tempo, a área infectada
vai aumentando de tamanho e pode levar à desfiguração permanente ou
incapacidade. A doença, geralmente, afeta os membros, mas também pode ser
encontrada no rosto e no corpo.
(O Povo)
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