Ficar
sentado pode
ser considerado o 'novo fumar'. Um estudo publicado nesta semana mostra que não
sair do sofá ou da cadeira por muito tempo pode afetar uma área do cérebro que
é fundamental para a memória.
Em
janeiro, os cientistas já haviam demonstrado que ficar sentado por longos
períodos pode aumentar
o risco de doenças vasculares, assim como o de problemas
cardíacos.
Nesta
nova pesquisa, os professores da Universidade da Califórnia em Los Angeles
(UCLA) recrutaram 35 pessoas com idades entre 45 e 75 anos. Eles perguntaram a
frequência com que praticavam atividades físicas e o número de horas que
costumavam ficar sentados por dia.
Cada
um dos participantes faz uma ressonância magnética de alta resolução, que
mostra uma visão detalhada do lobo temporal medial – região afetada quando as
pessoas têm amnésia e envolvida na formação de novas memórias.
Os
cientistas descobriram que o comportamento sedentário é um fator significativo de desgaste do
lobo temporal medial. A prática de atividade física, mesmo que em níveis
elevados, não é suficiente para repor esses efeitos de ficar sentado por longos
períodos.
Os
autores dizem, no entanto, que essa pesquisa ainda não é uma prova definitiva
de que ficar sentado por bastante tempo é a causa do “afinamento” de alguns
áreas do lobo temporal medial. Eles pretendem expandir o número de pessoas e
aumentar o tempo de acompanhamento para entender mais profundamente a questão,
além de levar em consideração outros fatores, como raça, gênero e peso. (Diário do Nordeste)
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