Primeiro trimestre do ano registrou mais de uma
centena de casos de arboviroses

A região do Cariri registrou mais de cem casos de arboviroses - dengue, chikungunya e zika - somente nos primeiros três meses do ano. As enfermidades causam sintomas que podem ser potencializados em gestantes, por meio de sequelas nos bebês. No Brasil, somente a infecção pelo vírus da zika fez mais de três mil vítimas entre 2015 e 2017.

A doença causa um conjunto de problemas apresentados por bebês que tiveram mães infectadas durante a gestação. A microcefalia é apenas uma das consequências. Segundo o médico infectologista Pablo Pita, essas enfermidades causam agravos mais simples em homens e mulheres, a exemplo de dores fortes nas articulações.

Conforme o médico, o melhor a fazer é se prevenir contra o mosquito transmissor. Segundo conta, não existe um período específico da gestação no qual a mulher deve redobrar os cuidados. “A atenção deve ser constante em todo o período”.

Ele alerta, ainda, que a atenção deve partir de toda a sociedade e que deve ser maior nos meses de março a junho, quando a proliferação do mosquito na nossa região é maior. “Há informações de que os índices dessas arboviroses diminuíram no Cariri, mas o mosquito não desapareceu”.

Mudança na rotina

Ao decidir engravidar do segundo filho, a atendente de clínica Jussara Correia buscou informações com relação aos riscos causados pelas arboviroses, especialmente relacionadas à infecção pelo vírus da Zika. Durante a gestação, ela redobra os cuidados para não se infectar.

A atenção maior altera a rotina delas. “Uso o repelente de duas em duas horas e, de preferência, coloco uma blusinha de manga. Mas o repelente fica comigo, na bolsa, o tempo todo”, conta Jussara, grávida de 17 semanas. O mesmo ocorre com Bárbara Brenda, que aguarda o nascimento de José Bernardo, programado para o início de abril.

“Eu passei a tomar diversas medidas, como usar o repelente, colocar telas nas portas e janelas e me informar com a minha médica sobre os cuidados que devo tomar”, destaca. “A gente fica sempre com o receio de ser picada pelo mosquito, mas vamos tomando os cuidados necessários”.

A cautela também se estende à família da gestante. Jussara, que mora na zona rural de Crato, revela que ela e o marido, Armendes Rodrigues, se revezam na cautela. O casal acorda até três vezes todas as noites para aplicar o produto que afasta os mosquitos.                          (Jornal do Cariri)

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