Os setores que mais exportaram foram de sumos de frutas e calçados. A maioria dos produtos é vendida para países da América Latina. FOTO: Antonio Rodrigues

Juazeiro do Norte registrou, no primeiro trimestre de 2018, um aumento na exportação e importação, segundo os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Houve um crescimento superior a 29% em exportações e mais de 9% em importações, se comparados a igual período de 2017. O valor total movimentado ainda é pouco se comparado a outras regiões brasileiras, mas criou uma expectativa positiva para os próximos anos.

As exportações registraram um valor de US$ 215 mil, neste ano, enquanto, em 2017, foram US$ 166 mil movimentados. Os setores que mais exportaram foram de sumos de frutas e calçados. A maioria dos produtos á vendida para países da América Latina. Já na importação, em 2018, atingiu US$ 1 milhão, enquanto ano passado foram calculados US$ 914 mil. No último caso, os setores de maior destaque foram de máquinas de costura e de papéis e cartões. A compra é feita, principalmente, da Ásia, de países como China, Cingapura e Taiwan.

O mês de janeiro teve o principal destaque, registrando um aumento de 253% nas exportações em relação a igual período de 2017, enquanto a importação subiu 167% se comparada ao ano anterior. No entanto, todos os outros meses também tiveram resultados positivos. De acordo com o secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico e Inovação (Sedeci), Michel Araújo, isso aconteceu porque houve poucas atividades naquele período. "Antes não havia controle. Desde que assumimos, a gente vem acompanhando mês a mês", explica.

Apesar do número alto, a expectativa da Pasta é que o crescimento seja acima da média do Brasil. Para isso, a Sedeci iniciou o registro destas informações a partir do ano passado. Desde então, tem sido feito o comparativo. A ideia é dar apoio e ampliar o fortalecimento da indústria em Juazeiro do Norte. Há duas semanas, inclusive, a Pasta firmou parceria com o Centro Internacional de Negócios da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) para identificar as demandas e fazer capacitações com os empresários.

"A gente faz visitas diárias a alguma indústria, acompanhando e procurando o interesse sobre exportações e importação", acrescenta Michel. Isto culminou na realização do Fórum de Oportunidades e Promoção da Cultura Exportadora, realizado no último dia 23 de fevereiro, no Centro de Convenções, promovida pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE), pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e seu Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE).

Além das indústrias exportadoras, hoje Juazeiro do Norte se destaca nacionalmente pelos setores de calçados, semijoias e metal-mecânica, que produzem panelas de alumínio, este último, o maior do Nordeste.

"A gente está iniciando o polo moveleiro, gráfico e tentando retomar o polo de confecções, mas ainda vem no ritmo menor. A expectativa é que estas áreas podem, daqui há alguns anos, abrigar um cenário de destaque em nível nacional", projeta Michel.

Requalificação

No Fórum de Oportunidades e Promoção da Cultura Exportadora no Cariri foi assinado o Termo de Requalificação do Distrito Industrial do Cariri. Agora, a região será adequada para uso múltiplo, agrupando outras atividades de pequeno porte, de serviços e equipamentos públicos. Com isso, estão sendo investidos R$ 1,33 milhão para a elaboração do Plano Diretor da área. Os estudos já começaram e a empresa tem um prazo de até 10 meses para conclusão. Os resultados devem sair no fim do ano e, a partir daí, poderá se projetar quais as carências e áreas a serem investidas.

Reforma do Aeroporto

No último dia 19 de fevereiro, foi iniciada a obra de reforço do pátio de aeronaves do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes. Com a reforma, o equipamento poderá receber aeronaves maiores, sem nenhuma restrição, e ampliar o movimento. Foram investidos cerca de R$ 2,6 milhões no reforço e ampliação do pátio, além da recuperação de duas taxiways, faixas que permitem o taxiamento dos aviões.

Com previsão de terminar em setembro deste ano, a obra classificará o pátio com o mesmo PCN (índice de resistência do pavimento) da pista, permitindo o pouso de aeronaves maiores, como A 320 e Boeing 737-800, sem qualquer restrição. A expectativa é que, com a requalificação da pista, o equipamento aumente o número de exportações e importações em Juazeiro do Norte. Ano passado, o Município registrou um crescimento no número de cargas aéreas de 62%. "Sem sombra de dúvidas os números vão aumentar, pois vai permitir aviões de maior porte, com porões maiores para abrigar as cargas", acredita Michel.

(Diário do Nordeste)

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