Chuva
volta a cair no interior do Ceará.
FOTO: Reprodução-TV Verdes Mares
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O Ceará
voltou a receber chuvas em 60 municípios após 16 dias, segundo dados da
Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). A última vez que
o estado havia recebido chuvas em mais de 50 cidades foi no dia 22 de maio.
De
acordo com a Funceme nas últimas 24 horas choveu até às 12h40 em 60 cidades do
estado. Maior registro de precipitação ocorreu em Trairi com 37 milímetros. Em
seguida aparecem Paracuru com 33 milímetros e Acarape com 30 milímetros.
No Cariri a maior chuva foi registrada em Missão Velha com 13.4 milímetros, em seguida vem Brejo Santo (10 mm), Barbalha (6.0 mm), Jati (1.0 mm) e Crato (0.4 mm).
10
maiores chuvas por posto no dia:
Trairi
(Posto: Trairi) : 37.0 mm
Paracuru
(Posto: Paracuru) : 33.0 mm
Acarape
(Posto: Acarape) : 30.0 mm
Redenção
(Posto: Redenção) : 27.0 mm
São
Gonçalo Do Amarante (Posto: Cagado) : 26.0 mm
Pentecoste
(Posto: Pentecoste) : 26.0 mm
Pentecoste
(Posto: Ac. Pereira De Miranda) : 25.8 mm
Palmácia
(Posto: Palmacia) : 25.2 mm
Maranguape
(Posto: Itapebussu) : 24.0 mm
Paraipaba
(Posto: Paraipaba) : 22.0 mm
Fim
de semana com chuvas
A
previsão do tempo para este fim de semana indica que esta sexta-feira (8) será
o dia mais chuvoso até o próximo domingo (10). Conforme análise do cenário
meteorológico, a tendência é que todas as regiões sejam beneficiadas ao longo
de hoje, apesar de precipitações pouco intensas, segundo a Fundação Cearense de
Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme). Neste momento, há nebulosidade
sobre todo o Ceará e as chuvas, que começaram já nesta quinta-feira (7),
continuam sendo registradas.
Neste
sábado, os meteorologistas da Funceme apontam para redução das precipitações em
relação a esta sexta-feira. Porém, a previsão é de possibilidade de chuva no
noroeste, no litoral e no Maciço de Baturité, principalmente entre a madrugada
e a manhã. Nas demais regiões, céu entre parcialmente nublado e claro.
Já
no domingo, a tendência é de nova redução, com o céu ficando entre parcialmente
nublado e claro em todo o Estado. Apesar das informações divulgadas na manhã
desta sexta indicarem a previsão para três dias, é necessário realizar o
acompanhamento diário das condições meteorológicas no Ceará por meio do site da
Funceme ou pelo app Funceme Tempo, pois o deslocamento dos sistemas que
contribuem para a formação de chuvas é contínuo, acarretando em mudanças.
Durante o período de Pós-Estação, as precipitações do Ceará
são, em sua maior parte, provocadas pelas Ondas de Leste, que são fenômenos que
se formam na região tropical, próxima ao continente africano, e chegam até o
Nordeste do Brasil.
Quadra
chuvosa em torno da média
As
precipitações da estação chuvosa de 2018 ficaram em torno da média no Ceará. De
acordo com a Funceme, choveu 659 milímetros entre fevereiro e maio, acréscimo
de 9,7% em relação a 2011.
Meses
mais chuvosos segundo estudo da Funceme:
Abril:
211,1 milímetros.
Fevereiro:
187,9 milímetros.
Março:
120,8 milímetros.
Maio:
61,5 milímetros.
Regiões
mais beneficiadas com as precipitações:
Litoral
Norte: 885,3 milímetros.
Litoral
de Fortaleza: 780,9 milímetros.
Maciço
de Baturité: 705,7 milímetros.
Ibiapaba:
680,2 milímetros.
Região
do Cariri: 669,3 milímetros.
Menores
médias da quadra chuvosa:
Litoral
do Pecém: 633,8 milímetros.
Macrorregião
Jaguaribana: 603,8 milímetros.
Sertão
Central e Inhamuns: 463,7 milímetros.
Fatores
que influenciaram a estação chuvosa
De
acordo com a Funceme, o quadro observado reflete, de certa forma, o prognóstico
divulgado em janeiro de 2018, que, indicou maior probabilidade de precipitações
acima da média.
A
presença de águas resfriadas no Oceano Pacífico equatorial entre os meses de
fevereiro e abril, o que caracteriza um fenômeno La Niña, favoreceram a
ocorrência de chuvas no Ceará, no primeiro trimestre de 2018.
Também
nesse período, foi observada uma predominância de águas superficiais neutras
(nem mais aquecidas e nem mais resfriadas do que a climatologia) no oceano
Atlântico tropical, tanto ao norte quanto ao sul do equador.
Em
maio, o fenômeno La Niña não estava mais configurado, no Pacífico equatorial, e
no Atlântico tropical houve predomínio de águas mais frias do que a
climatologia. Esses padrões contribuíram para afetar o posicionamento da Zona
de Convergência Intertropical (ZCIT), principal sistema indutor de chuvas na
região, de forma que proporcionou precipitações, na quadra huvosa, em torno da
normal.
A
pós-estação chuvosa
A
estação chuvosa no Ceará se encerra oficialmente em maio. De acordo com a
Funceme, no entanto, ainda deve ser observada a ocorrência de algumas chuvas ao
longo do território cearense.
Esses
eventos isolados poderão ser provocados por sistemas conhecidos como Distúrbios
Ondulatórios de Leste (DOL), ou ondas de leste, característicos do período da
pós-estação chuvosa.
Porém,
convém observar que as normais climatológicas desse período para o Estado do
Ceará são baixas: 37,5 mm e 15,4 mm, em junho e julho, respectivamente. (G1 CE)
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