Conhecido por suas belas praias, o Ceará desponta nos cenários nacional e internacional como um dos principais destinos turísticos do Brasil. FOTO: Cid Barbosa |
Segundo
o estudo, na comparação com abril de 2017 com abril deste ano, os estados que
acumularam as maiores taxas de emprego foram Piauí (4,3%), Goiás (3,2%),
Maranhão (1,8%), Ceará (1,7%), São Paulo (1,7%) e Mato Grosso (1,5%).
Segundo
Aldemir Leite, presidente da Associação de Meios de Hospedagem e Turismo do
Ceará (AMHT), após o período do carnaval, normalmente há queda nas contratações
no Estado. Ainda assim, o resultado do quadrimestre foi afetado por uma
ocupação na Semana Santa aquém da que era esperada.
"O
setor hoteleiro no Ceará contrata muito de dezembro até fevereiro e depois
reduz. Mas, como tivemos um diagnóstico muito ruim, na Semana Santa, estamos
segurando um pouco as contratações. O que nós vemos é que a violência tem
afastado muito os turistas", diz o presidente da AMHT.
"Agora,
a gente espera um crescimento no mês de julho, que sempre é um mês bom. E, a
partir daí, a gente pode fazer uma projeção para o ano", acrescenta
Aldemir Leite.
No
País, o setor do turismo encerrou abril com a abertura de 2.477 novos empregos
e contribuiu para a formação do saldo positivo de 2.762 no primeiro
quadrimestre de 2018. Segundo a CNC, o número de abril expõe a mudança do
desempenho das atividades do turismo no curto prazo, revertendo a tendência de
destruição de vagas nos segmentos ligados ao setor. Além disso, reflete a
recuperação do setor, ainda que gradual.
No
ano, as demissões líquidas nos segmentos de hotéis e similares, assim como nos
serviços ligados à cultura e lazer, atividades ligadas às necessidades
secundárias, refletem os ajustes das empresas diante do mercado consumidor
desaquecido. Já no período de 12 meses, de abril de 2017 a abril de 2018, a
contratação de mão de obra no setor (11.188), representou aproximadamente 4,0%
do emprego gerado no País (283.118).
Segmentos
Em
abril de 2018, o emprego no turismo brasileiro totalizava 2.926.568 pessoas. O
setor organizava-se com preponderância nos segmentos de alimentação e
hospedagem (65,2%) e nos diversos meios de transporte de passageiros (27,5%).
Nos demais segmentos, a participação é bem menor, com 7,2% do total. Somente os
dois primeiros grupos de atividades respondem por 92,7% da ocupação da mão de
obra nos diversos segmentos turísticos.
O
saldo da conta turismo do Balanço de Pagamentos no primeiro quadrimestre deste
ano teve aumento do déficit (de US$ 2,18 bi para US$ 2,49 bi) por causa da alta
(41%) das despesas dos brasileiros no exterior (de US$ 2,97 bi para US$ 4,04
bi), enquanto as receitas dos gastos de turistas estrangeiros aumentaram
somente 6,55% (de US$ 1,60 bi para US$ 1, 71 bi).
A
recente elevação cambial desvalorizando o real (10,95% de 25 de janeiro a 30 de
abril) poderá resultar no redirecionamento de parte do dispêndio das famílias
com viagens internacionais para viagens domésticas, incrementando o volume de
vendas das atividades turísticas.
Levantamento
da CNC sobre o setor de turismo mostra que o segmento dos meios de hospedagem
cresceu nos últimos dez anos, gerando maior empregabilidade, apesar da crise
nos últimos três anos. Mas, enquanto a indústria e o comércio varejista já
ensaiam uma recuperação, os segmentos de serviços e o turismo ainda não saíram
da crise. (Diário do
Nordeste)
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