O
ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB) afirmou, nesta quarta-feira
(6), que a Caixa
Econômica Federal está sendo preparada para iniciar um
processo de abertura de capital e venda de parte da empresa para a participação privada,
modelo que também defende para a Petrobras e o Banco do Brasil.
"A
Caixa está sendo preparada para isso, com o novo estatuto e etc. Com o tempo,
podemos até pensar, sim, em abrir
o capital da Caixa, começar a vender participação
privada", disse Meirelles durante sabatina com pré-candidatos ao Planalto
promovida pelo jornal Correio Braziliense.
O
ex-chefe da equipe econômica de Michel Temer evita falar em
"privatização clássica" para a Petrobras e os bancos públicos, mas
defende maior participação do setor privado nessas empresas, com o cuidado de
manter um mercado competitivo em vigor.
O
ex-ministro disse ainda que não é solução vender a Petrobras para um único
comprador ou o BB -que hoje já tem acionistas na Bolsa- para uma instituição
financeira privada, o que geraria o chamado monopólio privado que, na sua
avaliação, "é um
perigo".
A
proposta, segundo ele, é fazer a pulverização e
abertura de capital das empresas de maneira
gradual. Ele diz que a União não precisaria, necessariamente,
perder o controle político das instituições no processo, mas que é preciso
aumentar a competição do setor.
Combustível
Questionado
sobre como resolver a alta do preço dos combustíveis, que gerou a greve dos caminhoneiros e
a consequente crise do desabastecimento no País, Meirelles voltou a propor a
criação de um fundo de estabilização com o objetivo de equilibrar o preço da
gasolina nas bombas.
Segundo
ele, é preciso preservar
a política de preço da Petrobras, mas a questão dos
impostos pode subir ou descer em função do preço do petróleo e, dessa forma, é
necessária uma compensação, que viria com o fundo.
"A
política de preço da Petrobras não pode e nem deve ser controlada. Isso é uma
coisa. Outra é o preço na bomba, que aí tem a parcela dos impostos. O fundo
poderia ser usado para compensar a queda [dos preços]", explicou. (Folhapress)
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