Central
de Tratamento de Resíduos Sólidos, Sobral-CE;
por meio de consórcio, CTR reúne
17 municípios
da região Norte. FOTO: Luiz Queiroz
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Localizada
na CE-183, nas proximidades da BR-222, em Sobral, no Norte do Estado, a Central
de Tratamento dos Resíduos (CTR) segue com obras bastante avançadas. O
equipamento, orçado em cerca de R$ 33 milhões, faz parte do Consórcio de Gestão
Integrada de Resíduos Sólidos da Região Metropolitana de Sobral (CGIRS-RMS),
composto pelos municípios de Alcântaras, Cariré, Coreaú, Forquilha,
Frecheirinha, Graça, Groaíras, Massapê, Meruoca, Moraújo, Pacujá, Pires
Ferreira, Reriutaba, Santana do Acaraú, Senador Sá e Varjota, sendo Sobral, a
sede do Consórcio.
Obra
Pronta,
a estrutura contará com um aterro sanitário, equipado com unidades de
tratamento de resíduos da construção civil e da saúde, além de um pátio para
compostagem. Ao dar um destino correto aos resíduos, Sobral espera gerar
oportunidade de negócios e renda, num setor ainda pouco explorado na região. Os
municípios consorciados terão acesso a seis estações de transbordo de
materiais, o que diminuirá o trajeto até o destino final.
Projeto
Além
das etapas de infraestrutura da Central e a criação das estações de transbordo,
o projeto de instalação do Consórcio prevê a instalação de centrais municipais
de reciclagem com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento
(BID). Outra parte do projeto atenderá a estudos de gestão, planos de gestão
integrada, planos de coleta seletiva, bolsa-reciclagem, além da criação de um
Condomínio Verde.
A
previsão é que a obra seja entregue ainda nesse segundo semestre. De acordo com
Marília Ferreira Lima, secretária do Urbanismo e Meio Ambiente de Sobral, “a
expectativa é que essa estrutura inicie sua operação em agosto próximo. Para
isso, o município já vem trabalhando na criação de uma cadeia para melhorar
nosso meio ambiente, com o aumento da reciclagem, onde a coleta seletiva gere
mais empregos, agregando possíveis associações ou cooperativas em volta dessa
produção”, explica a secretária.
Resíduos
Em
todo o Estado, apenas seis municípios possuem algum tipo de solução adequada
para a demanda de resíduos produzidos, a grande maioria, ainda se utiliza de
aterros que foram transformados em lixões, sem nenhuma sustentabilidade. “Daí,
a importância de uma gestão integrada”. A afirmação é do analista de Regulação
da Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce), Alceu Galvão, que divulga para
o primeiro semestre de 2019, a entrega da Central de Tratamento de Limoeiro do Norte,
no Vale do Jaguaribe, que reúne 11 municípios consorciados.
Regulação
A
operação das duas centrais será feita por empresas privadas, cabendo à Arce,
além da regulação, a fiscalização das ações. “Esses dois municípios largam na
frente dando esse exemplo para o restante do Estado, mas outros, que não
possuem recurso suficiente para uma gestão integrada, podem criar consórcios de
coleta seletiva, com apoio da Secretaria do Meio Ambiente, que envolve uma das
etapas da gestão integrada, e isso já é um avanço”, explica o regulador. (Diário do Nordeste)
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