Quem
aguardar até agosto para sacar os
recursos do PIS/Pasep receberá os valores corrigidos
pelo rendimento anual
do fundo. Por isso, a recomendação dos especialistas é que, quem puder, espere
para retirar o dinheiro.
Na
quarta-feira (13), o governo anunciou a ampliação do saque da cota do fundo para
trabalhadores não aposentados de todas as idades -até então, era preciso ter 60
anos ou mais. Têm direito ao pagamento pessoas que trabalharam com carteira assinada entre
1971 e 1988 e que ainda não sacaram o saldo da conta individual.
Ao
todo, 25
milhões deverão ser beneficiados com a medida (16,1
milhões têm até 59 anos). O valor médio a ser pago é de R$ 1.370 por cotista.
A
partir da próxima segunda-feira (18) e até 29 de junho, serão feitos os pagamentos aos trabalhadores com
57 a 59 anos. Se sacarem neste prazo, no entanto, eles não receberão os valores
considerando a remuneração do fundo no último ano.
Reajuste
No
último exercício computado (entre julho de 2016 e junho de 2017), por exemplo,
o rendimento foi de 8,9%.
Ainda não há um índice de reajuste para este ano.
"Os
pagamentos dos rendimentos
do fundo PIS/Pasep são feitos uma única vez ao ano, sempre
ao final de junho. Então, aqueles que puderem aguardar até agosto, a gente
recomenda que façam isso, para que os cotistas não percam o reajuste do
exercício 2017/2018", afirma Paulo
Caffarelli, presidente do Banco do Brasil, responsável
pelo pagamento do Pasep aos servidores públicos.
Segunda
fase
A segunda fase de pagamento será
iniciada em agosto e contemplará todos os trabalhadores que possuem saldo de
cotas, incluindo os que não realizarem o saque na primeira etapa. No dia 8,
clientes do BB e da
Caixa (responsável pelo PIS) receberão o valor em crédito
na conta. De 14 de agosto a 28 de setembro o pagamento estará disponível para
todo o público.
"Quem
puder aguardar esses dois meses, é melhor, porque a conta passará a ter
acréscimo. Não desprezar essas melhorias é um dos fundamentos das estratégias
de finanças pessoais", diz Alfredo
Meneghetti, professor de pós-graduação em finanças e investimentos da PUC-RS.
Segundo
o professor, a prioridade ao entrar dinheiro novo é quitar ou renegociar dívidas.
"Depois, com o que sobrar, ou então quem não está inadimplente, pode
buscar um investimento, pensando na flexibilidade e na liquidez do ativo em
função da grande instabilidade que vemos no mercado financeiro hoje",
afirma. (Folhapress)
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